São Paulo, quinta-feira, 14 de junho de 2001

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VÔLEI

Jogador, que estreou na seleção como titular, é destaque do Brasil na Liga

Garoto-prodígio, André vira aposta de Bernardinho

MARIANA LAJOLO
DA REPORTAGEM LOCAL

Melhor atacante do Brasil na Liga Mundial, o oposto André Nascimento, 22, é a principal aposta do técnico Bernardinho em seu início de trabalho na seleção.
Após dez jogos, André se tornou o maior destaque do Brasil na competição e faz parte da equipe base montada por Bernardinho.
Apenas ele, o meio Gustavo e o líbero Escadinha começaram todas as partidas como titulares.
Até agora, pelas estatísticas da FIVB (Federação Internacional de vôlei), André é o maior pontuador do Brasil na Liga Mundial, com 135 pontos (nono da Liga), o melhor atacante, com 47,35% de aproveitamento (18º na Liga), e o segundo melhor bloqueador, com 37,9% (décimo da Liga).
Bicampeão pelo Telemig/Minas, André, de 1,95 m, foi eleito o melhor atacante da Superliga, com 43,24% de aproveitamento.
O começo do jogador na seleção principal está sendo comparado ao da atacante Érika, 21.
André desbancou Marcelo Negrão na disputa pela vaga de titular -antes de o campeão olímpico sofrer uma lesão no joelho direito, que o deixará fora das quadras por cerca de oito meses.
No ano passado, Érika, uma das revelações da Superliga 99/00, foi convocada pelo mesmo Bernardinho -então seu treinador no Rexona- para a Olimpíada de Sydney. A novata acabou ocupando a vaga de Ana Moser.
"Érika era jovem, não tinha tanta responsabilidade e tinha a retaguarda de jogadoras experientes, como Virna e Leila", disse o técnico. "Em um time com Giba, Nalbert, Giovane e Maurício como pilares, André está tendo um começo parecido com o dela."
Bernardinho conhece André desde a seleção juvenil, há cerca de três anos. "Ele sempre me impressionou muito", disse.
André começou a jogar nas seleções de base em 1996.
No ano passado, foi reserva de Carlão no Telemig/Minas. Nesta temporada, conquistou o bicampeonato, dessa vez como titular.
Apesar de estar vestindo a camisa da seleção principal pela primeira vez, André se mostra à vontade. "Claro que deu um friozinho, mas isso é até importante. Encaro com naturalidade estar aqui [na seleção". Às vezes, comento que era torcedor do time que ganhou o ouro [em Barcelona-92" e agora estou ao lado deles. É muito gratificante", disse.
Com o Brasil classificado para as finais, o oposto da seleção já traça planos. "Quero ser campeão da Liga e depois da Olimpíada."
Das viagens que fez com a seleção na primeira fase da Liga Mundial -Holanda, Alemanha e EUA-, André guardou a euforia da estréia, mas também a tristeza de estar fora do país quando o amigo Ricardo Gazolla -campeão ao seu lado pelo Minas em 99/00- morreu, em 25 de junho.


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