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VÔLEI
Jogador, que estreou na seleção como titular, é destaque do Brasil na Liga
Garoto-prodígio, André
vira aposta de Bernardinho
MARIANA LAJOLO
DA REPORTAGEM LOCAL
Melhor atacante do Brasil na Liga Mundial, o oposto André Nascimento, 22, é a principal aposta
do técnico Bernardinho em seu
início de trabalho na seleção.
Após dez jogos, André se tornou o maior destaque do Brasil na
competição e faz parte da equipe
base montada por Bernardinho.
Apenas ele, o meio Gustavo e o
líbero Escadinha começaram todas as partidas como titulares.
Até agora, pelas estatísticas da
FIVB (Federação Internacional
de vôlei), André é o maior pontuador do Brasil na Liga Mundial,
com 135 pontos (nono da Liga), o
melhor atacante, com 47,35% de
aproveitamento (18º na Liga), e o
segundo melhor bloqueador,
com 37,9% (décimo da Liga).
Bicampeão pelo Telemig/Minas, André, de 1,95 m, foi eleito o
melhor atacante da Superliga,
com 43,24% de aproveitamento.
O começo do jogador na seleção
principal está sendo comparado
ao da atacante Érika, 21.
André desbancou Marcelo Negrão na disputa pela vaga de titular -antes de o campeão olímpico sofrer uma lesão no joelho direito, que o deixará fora das quadras por cerca de oito meses.
No ano passado, Érika, uma das
revelações da Superliga 99/00, foi
convocada pelo mesmo Bernardinho -então seu treinador no Rexona- para a Olimpíada de
Sydney. A novata acabou ocupando a vaga de Ana Moser.
"Érika era jovem, não tinha tanta responsabilidade e tinha a retaguarda de jogadoras experientes,
como Virna e Leila", disse o técnico. "Em um time com Giba, Nalbert, Giovane e Maurício como
pilares, André está tendo um começo parecido com o dela."
Bernardinho conhece André
desde a seleção juvenil, há cerca
de três anos. "Ele sempre me impressionou muito", disse.
André começou a jogar nas seleções de base em 1996.
No ano passado, foi reserva de
Carlão no Telemig/Minas. Nesta
temporada, conquistou o bicampeonato, dessa vez como titular.
Apesar de estar vestindo a camisa da seleção principal pela primeira vez, André se mostra à vontade. "Claro que deu um friozinho, mas isso é até importante.
Encaro com naturalidade estar
aqui [na seleção". Às vezes, comento que era torcedor do time
que ganhou o ouro [em Barcelona-92" e agora estou ao lado deles.
É muito gratificante", disse.
Com o Brasil classificado para
as finais, o oposto da seleção já
traça planos. "Quero ser campeão
da Liga e depois da Olimpíada."
Das viagens que fez com a seleção na primeira fase da Liga Mundial -Holanda, Alemanha e
EUA-, André guardou a euforia
da estréia, mas também a tristeza
de estar fora do país quando o
amigo Ricardo Gazolla -campeão ao seu lado pelo Minas em
99/00- morreu, em 25 de junho.
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