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PAN
COB e Odepa defendem exclusão
Nanicos fazem lobby para estar no Rio-07
ADALBERTO LEISTER FILHO
DA REPORTAGEM LOCAL
Ameaçados de exclusão do Rio-2007, os esportes nanicos já iniciam seu lobby no COB para permanecerem no programa do Pan.
"É nossa maior oportunidade
de visibilidade. Se algum esporte
não-olímpico ficar, também ficaremos", afirma Geraldo César
Maciel, presidente da Confederação Brasileira de Boliche.
"Seria um desastre ficar fora.
Fomos aos três últimos Jogos e
trouxemos medalha", argumenta
Fernando Mont'Alverne, presidente da confederação de squash.
A exclusão dos não-olímpicos já
foi defendida por Mário Vázquez
Raña, presidente da Odepa, que
quer reduzir o gigantismo dos Jogos. Em Santo Domingo, houve
mais de 5.000 atletas em ação.
A idéia ganhou o aval de Carlos
Arthur Nuzman. O presidente do
COB justificou a retirada dos esportes menores -boliche, caratê,
esqui, hóquei in line, patinação,
pelota basca, raquetebol e
squash- por causa de interesses
comerciais. "Essas modalidades
não são atraentes para a TV, cujos
direitos foram comprados pelo
Comitê Organizador do Rio."
Porém dirigentes dizem que
seus esportes podem proporcionar boas imagens. "Vamos tentar
convencer o COB de que o esqui é
plasticamente bonito. E tem tudo
a ver com o Rio", defende Fábio
de Albuquerque, presidente da
confederação da modalidade.
O futsal, único esporte não-olímpico no programa oficial distribuído pelo COB ainda em Santo Domingo, seria atraente para a
TV devido ao interesse dos países
sul- americanos. Mas sua inclusão
pode gerar um precedente.
"O futsal não é olímpico. Se ele
pode dar um ouro ao Brasil, o caratê pode conseguir cinco ou
seis", compara José Carlos de Oliveira, técnico da seleção de caratê,
que ganhou um ouro, uma prata e
quatro bronzes no último Pan.
A próxima reunião da Odepa
será dia 30, no Rio. Mas o programa de 2007 não tem data para ser
fechado. Nem os atuais esportes
olímpicos estão garantidos.
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