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São Paulo, domingo, 14 de setembro de 2003

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AUTOMOBILISMO

Michael Schumacher, que não conquistava uma pole havia 7 corridas, sai à frente de Juan Pablo Montoya

Líderes da F-1 dividem a 1ª fila na Itália

Alessandro Bianchi/Reuters
Pole position após um jejum de sete corridas, o alemão Michael Schumacher olha pelo espelho retrovisor de sua Ferrari, em Monza, ontem, em intervalo de treino


FÁBIO SEIXAS
ENVIADO ESPECIAL A MONZA

Foi como se Michael Schumacher quisesse calar os críticos e cessar as desconfianças que começavam a surgir sobre suas chances de lutar pelo Mundial.
Com uma volta perfeita, ontem, em Monza, o piloto alemão encerrou um jejum de sete provas e quase quatro meses e conquistou a pole position para o GP da Itália, antepenúltima etapa da F-1.
Terminou, ainda, com uma série de seis treinos oficiais em que era superado pelo companheiro de Ferrari, Rubens Barrichello.
Não por acaso -e não sem razão-, vibrou como poucas vezes. Comemorou ao cruzar a linha de chegada. Depois, no pit lane, abraçado a Luca di Montezemolo, presidente da Ferrari, exibia uma expressão de emoção e de alívio.
Um alívio momentâneo, diga-se. Hoje, ao seu lado no grid, estará seu principal adversário na luta pelo título: Juan Pablo Montoya.
Kimi Raikkonen, terceiro no Mundial, sai em quarto, dividindo a segunda fila com Barrichello.
A largada para as 53 voltas em Monza acontece às 9h, com TV.
"Acho que voltei na hora certa", disse o alemão, após o treino. "A natureza do esporte é ter altos e baixos e sei que não fomos competitivos nas últimas provas. Mas trabalhamos duro e voltamos ao lugar que merecemos."
Sua pole, sua vibração, suas declarações soaram como um desabafo. Ontem, a Itália amanheceu desconfiada. Jornais importantes do país como o "La Gazzetta dello Sport" e o "La Stampa" colocaram em dúvida a capacidade de o alemão manter sua liderança e conquistar seu sexto título na F-1.
Hoje, Schumacher tem 72 pontos no Mundial de Pilotos. Montoya tem 71 e Raikkonen, 70.
O treino oficial de ontem foi o melhor deste ano e refletiu a competitividade do campeonato.
Antepenúltimo piloto a ir à pista o alemão fechou a volta em 1min20s963, à média de 257,584 km/h, e foi para os boxes torcer contra Barrichello e Montoya.
De lá, viu o brasileiro cometer um erro na primeira curva e comprometer sua volta. "Foi uma pena. Perdi muito tempo ali", reconheceu Barrichello.
Instantes depois, apreensivo, viu Montoya voar na pista. Nas duas primeiras parciais, o colombiano bateu suas marcas. No último trecho da pista, no entanto, perdeu tempo. Cruzou a linha apenas 0s051 atrás do ferrarista.
"Eu fui muito bem no começo da volta, mas então meu carro começou a sair de frente e ainda cometi um erro na variante Ascari. Eu tinha que arriscar e foi o que fiz", declarou Montoya.
"Mas temos uma boa estratégia para a corrida e estou confiante."
Fato que passou despercebido diante da acirrada disputa pelo Mundial, Schumacher iniciou ontem a contagem regressiva para mais um recorde que era considerado inatingível pela F-1.
A pole de ontem foi a 55ª de sua carreira. Com mais dez, ele iguala a marca de Ayrton Senna.


NA TV - GP da Itália, na Globo, ao vivo, às 9h


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