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Eixo do projeto de segurança será o medo
DO ENVIADO A SUZUKA
A diversidade de culturas
e religiões na próxima Copa
e a crise entre EUA e Afeganistão já refletem na preparação do torneio.
Preocupados com possíveis atentados, os dois comitês organizadores do Mundial estudam até instalar detectores de metais nos portões de todos os estádios.
"Até o dia 11 de setembro,
nossa preocupação era apenas com os hooligans. Depois do que aconteceu em
Nova York e Washington, o
eixo das nossas discussões
sobre segurança passou a ser
o terrorismo", declarou Hisao Shuto, diretor do Jawoc,
o comitê japonês, em entrevista à Folha.
"Desde então, fazemos
reuniões frequentes para
discutir a segurança. E estamos estudando colocar detectores de metais em todos
os portões", afirmou o dirigente. "Com tantos povos
diferentes, aumentam as
chances de brigas pesadas
durante a Copa."
Segundo ele, será criada
uma equipe de segurança
para atuar nas regiões dos
estádios. E algumas "seleções-chave" receberão um
reforço na segurança.
"Teremos que prestar
atenção nas seleções de países que têm um histórico de
guerras e conflitos", disse. "É
o caso dos EUA e da Inglaterra, que estão à frente das
ofensivas contra o Taleban."
Além de tudo isso, os comitês decidiram criar equipes de "varredura", que farão vistorias minuciosas nos
estádios após as partidas. O
objetivo é detectar bombas
que eventualmente passem
pela segurança e que sejam
instaladas sob as arquibancadas dos estádios.
Só o Japão irá gastar pelo
menos US$ 23 milhões em
aparatos de segurança para a
Copa.
(FÁBIO SEIXAS)
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