São Paulo, domingo, 14 de outubro de 2001

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Eixo do projeto de segurança será o medo

DO ENVIADO A SUZUKA

A diversidade de culturas e religiões na próxima Copa e a crise entre EUA e Afeganistão já refletem na preparação do torneio.
Preocupados com possíveis atentados, os dois comitês organizadores do Mundial estudam até instalar detectores de metais nos portões de todos os estádios.
"Até o dia 11 de setembro, nossa preocupação era apenas com os hooligans. Depois do que aconteceu em Nova York e Washington, o eixo das nossas discussões sobre segurança passou a ser o terrorismo", declarou Hisao Shuto, diretor do Jawoc, o comitê japonês, em entrevista à Folha.
"Desde então, fazemos reuniões frequentes para discutir a segurança. E estamos estudando colocar detectores de metais em todos os portões", afirmou o dirigente. "Com tantos povos diferentes, aumentam as chances de brigas pesadas durante a Copa."
Segundo ele, será criada uma equipe de segurança para atuar nas regiões dos estádios. E algumas "seleções-chave" receberão um reforço na segurança.
"Teremos que prestar atenção nas seleções de países que têm um histórico de guerras e conflitos", disse. "É o caso dos EUA e da Inglaterra, que estão à frente das ofensivas contra o Taleban."
Além de tudo isso, os comitês decidiram criar equipes de "varredura", que farão vistorias minuciosas nos estádios após as partidas. O objetivo é detectar bombas que eventualmente passem pela segurança e que sejam instaladas sob as arquibancadas dos estádios.
Só o Japão irá gastar pelo menos US$ 23 milhões em aparatos de segurança para a Copa. (FÁBIO SEIXAS)


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