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Casos de "drogas
sociais" viram
rotina no Brasil
DA REPORTAGEM LOCAL
Régis, do Bahia, é o caso mais
recente de jogador punido por
uso de "drogas sociais" no país.
O exame antidoping comprovou que ele usou maconha antes de dois jogos do Brasileiro.
Suspenso preventivamente,
Régis é um caso típico dos que
poderiam ser beneficiados pela
nova proposta da Wada.
A pena de suspensão para
doping no Brasil não leva em
consideração se a substância
encontrada na urina do atleta é
um estimulante ou uma droga
social. No futebol, a suspensão
pode chegar a um ano.
Segundo Jari Nobrega Cardoso, coordenador do Ladetec,
o laboratório responsável pelos
exames no país, o teste aplicado é capaz de detectar mais de
200 tipos de substâncias proibidas, mas que existem diferentes gradações para que elas sejam detectadas.
Tanus Jorge Nagem, presidente da Comissão Nacional de
Controle de Dopagem da CBF,
disse que há uma "tolerância"
no caso da maconha.
"Diferentemente da cocaína,
que não há gradação, se encontrada o atleta deve ser punido,
no caso da maconha existe
uma pequena tolerância, de 15
monogramas por mililitro de
urina, que é admitido. Isso
existe para evitar que um atleta
seja punido sem ter usado a
droga, apenas inalado a fumaça", disse Nagem.
Os casos de drogas sociais no
futebol, antes raros, ficaram
frequentes nos últimos anos.
O atacante Dinei foi flagrado
em 1996, quando atuava pelo
Coritiba. Ele admitiu o uso da
cocaína. No ano seguinte, dois
jogadores do Vila Nova (GO)
-Valdenir e Paulo César- foram punidos por uso de cocaína na segunda divisão.
Os dois, que também admitiram o uso da droga, foram suspensos por 120 dias.
No ano passado, Lopes, do
Palmeiras, foi suspenso por uso
de cocaína. Seu exame deu positivo em outubro do ano passado. Júnior Baiano, ex-Vasco,
foi outro caso positivo para cocaína. Flagrado com a substância na final da Copa João Havelange, em janeiro, foi suspenso
por 120 dias. Voltou a jogar e
foi negociado com o futebol
chinês.
(MR)
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