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FUTEBOL
Equipe descarta voltar a separar a comissão técnica, e Candinho dificilmente ficará sozinho de novo
Desordem põe fim a seleção dividida
MAÉRCIO SANTAMARINA
enviado especial a Vigo (Espanha)
A seleção brasileira não pretende mais voltar a dividir a sua comissão técnica, como ocorreu em
razão dos amistosos deste final de
semana na Espanha e na Austrália, e Candinho dificilmente voltará a assumir o comando isolado
da equipe principal no próximo
ano, em substituição ao técnico
Wanderley Luxemburgo.
A informação é da assessoria de
imprensa da CBF (Confederação
Brasileira de Futebol), que enviou
uma tabela à Confederação Sul-Americana para evitar coincidências entre as partidas classificatórias da seleção principal para a
Copa de 2002 e as da seleção sub-23 para a Olimpíada de Sydney.
A divisão, e principalmente a
ausência de Luxemburgo, foi encarada na Espanha como desprezo ao amistoso de ontem, em Vigo, passando uma imagem de desorganização do Brasil devido à
convocação de seus dois goleiros
apenas dois dias antes do jogo.
A partida, em comemoração
aos cem anos da Real Federação
Espanhola de Futebol, rendeu R$
2 milhões à seleção brasileira.
Mesmo assim, a CBF descarta
novos amistosos antes do primeiro jogo das Eliminatórias do
Mundial, que será disputado no
Japão e na Coréia do Sul.
Na tabela enviada à Sul-Americana, a CBF pede que essa primeira partida, contra a seleção da Colômbia, em Bogotá, seja apenas
em março, depois do torneio pré-olímpico, no Paraná, que começa
em janeiro e está previsto para
acabar em fevereiro.
A tabela descarta ainda jogos
em setembro para que a Olimpíada, que será disputada em Sydney
nesse mês, seja privilegiada.
Segundo a assessoria de imprensa da CBF, a Fifa (entidade
máxima do futebol mundial) deve
oficializar a tabela na primeira
quinzena de dezembro.
"Essa divisão foi uma experiência que, pelo calendário elaborado
para o próximo ano, é muito pouco provável que volte a se repetir.
A tabela não prevê mais divisão
da comissão técnica. Queremos o
que é melhor para a seleção", afirmou Candinho.
Ele disse que, se for o caso, estará à disposição para repetir a experiência. "Dirigi sozinho por
dois anos a seleção da Arábia Saudita. Não vejo problema em substituir o Wanderley porque, além
de trabalharmos em conjunto, na
seleção brasileira a tarefa é apenas
de manutenção."
Segundo ele, quando Luxemburgo escolheu sua comissão técnica, ao assumir a seleção em
agosto de 1998, quis ter dois profissionais para cada cargo pensando nessa necessidade.
"Assim como nós dois somos
considerados técnicos de primeira linha no Brasil, a comissão está
no mesmo nível. Temos, por
exemplo, preparadores físicos excelentes, que são o Antônio Mello
e o Marcos Moura Teixeira."
O atacante Ânderson, que nunca havia trabalhado com Candinho, disse que teve uma boa impressão do treinador.
"O respeito tem que ser igual
para todos. Não podemos fazer
distinção entre o Candinho e o
Wanderley Luxemburgo. A importância da seleção brasileira no
cenário mundial acaba criando
essa necessidade de dividir o comando em algumas situações",
disse o zagueiro Antonio Carlos.
"Se o Luxemburgo deixou o
Candinho no seu lugar, é porque
tem confiança nele. E ele passa isso para a gente", afirmou Jardel.
"O trabalho do Luxemburgo e o
do Candinho é o mesmo. A filosofia é a mesma. Para a gente, não há
muita diferença", completou o
meia-atacante Rivaldo.
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