São Paulo, quinta-feira, 14 de novembro de 2002

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MEMÓRIA

Derrota é tida como a pior do futebol brasileiro

DA REPORTAGEM LOCAL

O uruguaio Schiaffino foi o engenheiro da mais doída e até hoje não digerida derrota de uma seleção na história do futebol. No caso, o Brasil de 1950. No Maracanã de 200 mil pessoas. Em final de Copa.
Naquele "maldito" Uruguai, Varela era o coração, Maspoli era a muralha, Ghiggia era o algoz. E Schiaffino, o cérebro.
A vitória brasileira era dada como certa mesmo antes de o jogo começar. Ainda por cima, o Brasil vencia o jogo por 1 a 0 até os 20min da segunda etapa.
Acontece que Schiaffino empatou o jogo. E Ghiggia virou para os uruguaios.
Schiaffino morreu dizendo que a vitória contra o Brasil foi uma obra do acaso.
"Quando vi toda aquela gente chorando, corri para o vestiário. Não queria ver aquilo", costumava lembrar.
A derrota do Brasil em 50 extrapolou o campo esportivo e virou um dos maiores dramas coletivos da história do país.
Estigma eterno, até hoje não há uma vitória brasileira contra o Uruguai que não faça suscitar a palavra "vingança".
O goleiro Barbosa, cuja bola de Ghiggia passou entre ele e a trave, chegou a ser evitado em 1993 na concentração da seleção. Para não dar azar.


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