|
Texto Anterior | Próximo Texto | Índice
MEMÓRIA
Derrota é tida como a pior do futebol brasileiro
DA REPORTAGEM LOCAL
O uruguaio Schiaffino foi o
engenheiro da mais doída e até
hoje não digerida derrota de
uma seleção na história do futebol. No caso, o Brasil de 1950.
No Maracanã de 200 mil pessoas. Em final de Copa.
Naquele "maldito" Uruguai,
Varela era o coração, Maspoli
era a muralha, Ghiggia era o algoz. E Schiaffino, o cérebro.
A vitória brasileira era dada
como certa mesmo antes de o
jogo começar. Ainda por cima,
o Brasil vencia o jogo por 1 a 0
até os 20min da segunda etapa.
Acontece que Schiaffino empatou o jogo. E Ghiggia virou
para os uruguaios.
Schiaffino morreu dizendo
que a vitória contra o Brasil foi
uma obra do acaso.
"Quando vi toda aquela gente
chorando, corri para o vestiário. Não queria ver aquilo",
costumava lembrar.
A derrota do Brasil em 50 extrapolou o campo esportivo e
virou um dos maiores dramas
coletivos da história do país.
Estigma eterno, até hoje não
há uma vitória brasileira contra
o Uruguai que não faça suscitar
a palavra "vingança".
O goleiro Barbosa, cuja bola
de Ghiggia passou entre ele e a
trave, chegou a ser evitado em
1993 na concentração da seleção. Para não dar azar.
Texto Anterior: Morre aos 77 anos Schiaffino, o cérebro uruguaio do Maracanazo Próximo Texto: Futebol - Soninha: Feliz 2003? Índice
|