LÚCIO RIBEIRO
DA REPORTAGEM LOCAL

Sete anos após perder com o Santos o título brasileiro, o técnico Cabralzinho levou ontem o Zamalek, do Egito, uma espécie de anti-Santos, à conquista da Copa dos Campeões da África.
Seu time bateu o Raja Casablanca (Marrocos) por 1 a 0, no Cairo, e assegurou o quinto título na liga dos campeões africanos. Nenhuma equipe ganhou tantas vezes o maior torneio de clubes da África.
O primeiro confronto das finais, no Marrocos, foi 0 a 0.
Na última quarta, Cabralzinho conversou com a Folha, por telefone, do Egito. O treinador comparou o Zamalek com o time atual do Santos, time que dirigiu em 1995 e 2001, e que hoje acompanha pela internet.
"O futebol egípcio, ainda semi-profissional, tem mostrado um boa técnica, com atletas ágeis e dribladores", disse Cabralzinho. "Mas não tem a história de "meninos". É difícil jogador com menos de 20 anos ser reconhecido."
Se no Santos quem brilha é Diego, 17, e Robinho, 18, os ídolos do clube egípcio são os irmãos gêmeos Ibrahim e Hossam Hassan, de 36 anos. O primeiro é lateral, e o segundo, atacante.
Cabralzinho esteve à frente do Santos no Brasileiro-01. Segundo o treinador, a dupla Diego e Robinho já estava em seus planos para a disputa do Torneio Rio-SP deste ano, se ele não fosse demitido pelo clube do litoral sul paulista.
"Entreguei a pedido da diretoria do Santos um planejamento para 2002, que levasse em conta a crise financeira do clube. Nele mostrei a intenção de usar Robinho, Diego, Elano e William", contou.


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