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São Paulo, domingo, 14 de dezembro de 2003

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FUTEBOL

No ano do centenário, time gaúcho pega Corinthians em "jogo da vida" e tem de vencer para não depender de terceiros

Grêmio vê a fuga da Série B como título

LÉO GERCHMANN
DA AGÊNCIA FOLHA, EM PORTO ALEGRE

O Grêmio tenta impedir hoje contra o Corinthians que o ano de seu centenário seja manchado com o vexame de cair para a segunda divisão do Brasileiro.
Na partida em Porto Alegre, às 16h, os gremistas precisam da vitória para, sem depender de outros resultados, evitar a queda.
Pela frente, a equipe gaúcha terá um antigo rival, que entra em campo sem a agonia de ter de evitar o rebaixamento.
Os corintianos não escondem que superar o desânimo de uma equipe sem pretensões na competição é uma dificuldade.
O time comandado por Juninho já pensa no ano que vem e vê como motivação apenas a chance de evitar uma despedida melancólica em um ano em que acumulou vexames no Nacional.
"Quem chegou na última rodada com a corda no pescoço que segure a sua onda. Nós jogamos com a responsabilidade de quem pode definir a permanência de outras equipes e temos que entrar para ganhar", afirmou Vampeta.
Em tom de brincadeira, ele disse que o Fortaleza, outro clube ameaçado pelo descenso, ofereceu R$ 1 milhão como prêmio ao Corinthians pela vitória.
Encarada como a partida de encerramento de uma campanha pífia pelos corintianos, o confronto de hoje é considerado por gremistas como "o jogo da vida".
No ano em que comemora seu 100º aniversário, o clube frequentou durante mais de três meses a zona de descenso do Brasileiro.
Há dirigentes e torcedores que consideram o confronto que pode evitar a queda um jogo mais importante até do que os que garantiram ao clube suas maiores glórias, como o Mundial interclubes, duas Libertadores, dois Brasileiros e quatro Copas do Brasil.
Caso o Grêmio, antepenúltimo colocado, não vença, resultados iguais de Bahia e Ponte Preta também evitam a ida à Segundona.
Em clima de decisão, a torcida gremista formava anteontem filas de mais de 300 metros nas bilheterias do estádio Olímpico. ""Eu entendo o desafogo do torcedor. Sou torcedor do Grêmio, além de jogador. O ano foi muito sofrido, e temos a chance de escapar da situação incômoda em que ficamos. Quantas vezes, nesse período, quando eu estava fora, nem ouvia nem via os jogos, de tão nervoso", comentou o lateral Roger, titular da equipe há dez anos e com 500 partidas disputadas.


Colaborou a Reportagem Local

NA TV - Globo (só para SP) e Record (só para São Paulo), ao vivo, às 16h


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