São Paulo, terça-feira, 15 de fevereiro de 2000


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Hortência vê fim mais duro que o dela

da Reportagem Local

O outro grande nome na história recente do basquete feminino brasileiro, Hortência, diz acreditar que o final de carreira de Paula será mais difícil do que o dela.
Hortência, 40, parou depois dos Jogos Olímpicos de 1996, em Atlanta (EUA), quando conquistou a medalha de prata.
"Sei que ela precisará descansar porque passará por momentos difíceis, Sei como é porque também parei. Só que eu fiz o anúncio com outro momento feliz, anunciando minha gravidez", declarou ela, que esperava seu primeiro filho, João Victor. "Eu não senti tanto justamente por causa disso", acrescentou.
Porém Hortência afirmou que Paula deve estar parando "realizada". "Ficamos tristes por não vê-la mais dentro da quadra, mas conquistou títulos que o basquete brasileiro nunca teve. Tenho certeza de que está realizada emocionalmente e também financeiramente", disse ela.
A ex-jogadora, hoje dirigente do Paraná Basquete Clube, de São José dos Pinhais (PR), deseja que Paula continue relacionada ao basquete após sua aposentadoria.
"É importante que ela siga no esporte, como treinadora ou dirigente, para para passar toda a experiência que adquiriu, como eu estou fazendo", disse.
Hortência fez questão de ressaltar que sempre foi muito amiga de Paula, apesar da grande rivalidade que envolvia as duas atletas, principalmente na década de 80.
"A Paula é extremamente sensível e muito minha amiga. Foi minha madrinha de casamento. Nunca tivemos problemas que não pudéssemos resolver de um dia para o outro. Só tive momentos bonitos e bacanas ao lado da Paula", assegurou Hortência.
Ela afirmou que a relação entre as duas só não foi mais estreita porque sempre moraram em cidades distantes, encontrando-se somente nos jogos entre os times de ambas e nas convocações e competições da seleção brasileira.
"Por estarmos longe, não pudemos ter mais contato, sair à noite, essas coisas", disse.
A rivalidade em quadra, resumiu Hortência, foi boa para as duas. "Isso nos fez ganhar muito dinheiro, pois passava uma imagem de competição e de briga. Sempre atraía a mídia." (LC)



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