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Secretário deu ordem, e polícia entrou em ação
DA AGÊNCIA FOLHA, EM SANTOS
A ordem para a prisão do zagueiro Desábato partiu do secretário estadual da Segurança
Pública, Saulo de Castro Abreu
Filho. De sua casa, ele assistia
ao jogo pela televisão quando
ocorreu a ofensa a Grafite.
"Telefonei imediatamente
para o delegado-geral [Marco
Antonio Desgualdo] e disse:
peça para entrar em contato
com o Grafite para perguntar
se efetivamente houve [a ofensa]. O jogador não só confirmou, como manifestou a vontade de representar criminalmente", afirmou.
Saulo, que é torcedor do São
Paulo, explicou por que havia
tantos policiais do Garra nas
redondezas do Morumbi. "Estávamos no meio de uma operação para deter flanelinhas.
Daí, eles foram ajudar na prisão do jogador argentino."
O governador Geraldo Alckmin (PSDB) defendeu a postura da polícia e um combate
mundial contra o racismo.
"É um crime inafiançável no
Brasil, e a injustiça cometida
contra uma pessoa é uma
ameaça à sociedade. Ninguém
tem o direito de desrespeitar os
outros. A polícia agiu de forma
correta. A lei é para todos, desde o governador, presidente da
República, jogador de futebol,
trabalhador. Essa é a lógica da
democracia", afirmou.
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