DA REPORTAGEM LOCAL

O presidente Marcelo Portugal Gouvêa atuou em duas frentes ontem para acalmar o conturbado ambiente são-paulino. Convenceu Juvenal Juvêncio, 64, ex-presidente do clube, a assumir a vaga na diretoria de futebol. Para "ajudar", quitou a dívida de direito de imagem com os jogadores, que era de cerca de R$ 500 mil.
Juvêncio disse ter lançado mão de qualquer vaidade de ex-presidente para atender a um apelo de Gouvêa e assumir um cargo menos expressivo no clube.
"Não importa vaidade. Importa que ele me convocou e eu decidi aceitar", disse o novo diretor de futebol são-paulino, que, como presidente (1988-1990), foi campeão paulista e vice brasileiro.
Ladeado por mais de 20 apoiadores da administração Marcelo Portugal Gouvêa, inclusive de Barros e Silva, Juvêncio fez questão de insistir que, com ele, não haverá mais "confusão" no São Paulo. Disse duvidar que o vice Márcio Aranha repita com ele o mesmo que fazia com o ex-diretor. "A mim ele [Aranha] não vai testar. Confiram!"
"Não vamos dar o retrato falado do técnico que queremos. Temos dois ou três nomes, que, a partir de agora, tenho autonomia para trabalhar. Mas não será ninguém que está desempregado. Desempregado não serve para o São Paulo. Não vou dar prazo para não ficar escravo do tempo", finalizou Juvêncio, que deixou as entrevistas para se reunir com diretores e começar a trabalhar. (MR)


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