São Paulo, sábado, 15 de maio de 2004

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MEMÓRIA

Definição das sedes coleciona vários critérios

DA REPORTAGEM LOCAL

A primeira Copa, no Uruguai, teve apelo esportivo, pois o país levou o ouro nos Jogos de 1924 e 1928, mas os uruguaios ganharam mesmo o direito de ser sede para celebrar em 1930 o centenário de sua independência.
Quatro anos depois, a Copa iria à Europa pela força do ditador italiano Benito Mussolini. Em 1938, rodízio de continentes levaria o Mundial à Argentina, mas o presidente da Fifa, o francês Jules Rimet, garantiu a Copa em seu país. Após a Segunda Guerra Mundial, a Europa não tinha muito como ser a sede. O Brasil, apoiado no Maracanã, pegou o evento.
Suíça e Suécia foram sedes em 1954 e em 1958, respectivamente, pela neutralidade na guerra e por terem economias estáveis. Já em 1962 o Chile surpreendeu ao receber a Copa, resultado de um duro trabalho de convencimento de Carlos Dittborn, brasileiro de família chilena.
A Inglaterra, inventora do futebol, tardou a despertar para o Mundial, mas quando o quis, em 1966, o teve sem drama. O México foi a ""casa" em 1970 para aproveitar a estrutura montada para a Olimpíada-1968 -em 1986, receberia outro Mundial após a Colômbia desistir.
A Alemanha bancou o Mundial-74 amparada no processo de reconstrução do país após a guerra. Quatro anos depois, uma ditadura montou o Mundial argentino. A Espanha fez em 1982 uma Copa programada, pois sabia que seria sede em 1964. A Itália, em 1990, realizou seu segundo torneio como eldorado do futebol. Já em 1998 a França teve o seu bis.
Os EUA, em 1994, e a Ásia, em 2002, receberam o torneio como forma de expandir o futebol em novos e ricos mercados. (RBU)


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