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Adversários têm virtudes opostas
DA REPORTAGEM LOCAL
É a Bélgica no céu e o Brasil na
terra. Os rivais das oitavas-de-final do dia 17 são opostos em seus
principais defeitos e qualidades
nesta Copa do Mundo.
Enquanto a seleção nacional se
destaca nos passes e na posse de
bola e vai mal nos lances aéreos,
tanto na defesa como no ataque,
os belgas são o contrário. Erram
muitos passes e têm pouco domínio de jogo, no entanto estão entre os melhores nas finalizações e
desarmes usando a cabeça.
A seleção brasileira não é muito
afeita aos cruzamentos, apesar de
ser característica marcante das
equipes treinadas por Luiz Felipe
Scolari. Por isso um desempenho
pífio nas finalizações de cabeça:
apenas uma por partida. Já os belgas devem à testada certeira do
atacante Sonck o gol de desempate contra a Rússia, que abriu caminho para a classificação.
De cabeça saiu um dos três gols
sofridos pelo Brasil na competição. Justo contra a Costa Rica,
quando, de fato, a defesa foi exigida. A Bélgica levou cinco gols,
mas nenhum pelo alto.
Para que os opostos não se anulem, portanto, o Brasil precisa
manter a forma de atacar e mudar
a de se defender.
(FÁBIO SOARES)
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