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GRUPO H/ONTEM
Time desmonta Rússia no 2º tempo e obtém único resultado que lhe interessava
Bélgica supera russos e pega brasileiros em mata-mata
DO ENVIADO A SHIZUOKA
Até alguns jogadores belgas reconheceram. Durante boa parte
do segundo tempo, chegaram a
imaginar que poderiam estar fora
da Copa e que o adversário do
Brasil, segunda, pelas oitavas-de-final, acabaria sendo a Rússia.
""Eles pareciam ter o jogo nas
mãos e nós ficamos um pouco
atrapalhados", disse o meia Johan
Walem, autor do primeiro gol do
jogo, no início da etapa inicial.
No segundo tempo, de fato, os
russos entraram melhor em campo, dispostos a pelo menos empatar a partida, resultado que os deixaria classificados.
E chegaram ao empate em jogada de Sychev, que havia entrado
ainda no primeiro tempo em lugar de Smertin, cuja atuação foi
fraca. O atacante chutou prensado com o goleiro e, no rebote, Beschastnykh empatou.
A reação belga começou com a
substituição de Mpenza, machucado, por Sonck. Movimentando-se muito no ataque, ele deu velocidade à Bélgica e confundiu a defesa russa. Foi ele próprio quem
marcou o segundo gol do time,
tocando de cabeça para as redes.
O gol desmontou a equipe de
Oleg Romantsev, que logo depois
sofreria novo revés. Wilmots chutou forte, a bola tocou em Onopko e enganou o goleiro.
Nos instantes finais, Sychev, um
dos poucos que se salvaram na
equipe russa, diminuiu o placar.
""Tivemos um pouco de sorte
também. Num jogo de futebol,
nunca dá para seguir um cenário
preestabelecido. Por felicidade,
uma de nossas substituições
aconteceu na hora certa e daí saiu
o segundo gol", disse o técnico.
Do lado da Rússia, a derrota para os belgas, a segunda consecutiva, já que o time vinha de fracasso
no domingo contra o Japão, foi
considerada justa pelos jogadores
e pela comissão técnica.
""Fomos mal no primeiro tempo, mexi no time [colocou Sychev
e Sennikov", melhoramos, empatamos e chegamos perto da vaga",
comentou o treinador russo.
O erro? Para ele, foi acreditar
que a partida se tornara fácil e esquecer que o empate bastava.
""Fomos com muito ímpeto para a
frente, quando deveríamos ter ficado tocando a bola. Perdemos
uma grande chance com o Titov,
eles marcaram, e nós nos perdemos psicologicamente."
Karpin e Onopko, dois dos mais
experientes jogadores da Rússia,
lamentaram a ausência de Mostovoi, considerado o principal jogador do time e que, devido a uma
contusão, não jogou no Mundial.
Mesmo assim, reconheceram
que o time deixou a desejar. ""A
torcida tem razão de protestar,
mas não de fazer vandalismo [como aconteceu em Moscou, após a
derrota para o Japão". Ficamos
devendo", declarou Karpin.
Onopko elogiou a atuação dos
belgas e arriscou que o rival pode
superar o Brasil. ""Após Argentina
e França ficarem de fora, tudo pode ocorrer. Quem sabe ela [Bélgica" não acabe como campeã."
(JOÃO CARLOS ASSUMPÇÃO)
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