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TÊNIS
De volta à Davis após boicote, atleta tem o ranking mais baixo do time que inicia hoje confronto com Antilhas Holandesas
Guga, 209º, estréia status de "pior do país"
TATIANA CUNHA
ENVIADA ESPECIAL A JOINVILLE
Um Gustavo Kuerten bem diferente daquele que o Brasil se acostumou a ver entra em quadra hoje, na abertura do duelo com as
Antilhas Holandesas, pela semifinal da terceira divisão da Davis.
Por volta das 18h, Guga enfrenta
Alexander Blom, no segundo jogo
do dia -Ricardo Mello abre o
confronto contra David Josepa.
Nunca, em suas 17 participações
anteriores, Kuerten representou o
país com uma posição tão baixa
no ranking mundial -é o 209º.
Nem mesmo em sua estréia, em
96, contra o Chile. Na ocasião, aos
19 anos, era o 193º do mundo e jogou ao lado de Jaime Oncins.
Agora, aos 28 anos, 20 títulos e
duas cirurgias no quadril depois,
tenta reencontrar a boa forma e o
caminho para vencer. "Acho que
na minha fase atual não poderia
ter um adversário melhor", disse
Guga. "Claro que não é um Grand
Slam ou um Mundial, mas estou
preparado para esses jogos."
O jogo marca a volta do tenista à
Davis. Sua última aparição foi em
setembro de 2003. Insatisfeito
com Nelson Nastás à frente da
Confederação Brasileira de Tênis,
liderou um boicote à competição.
Hoje, volta sob a administração
de Jorge Lacerda da Rosa, ex-presidente da federação catarinense e
ex-sócio de sua mãe, Alice.
Mas o Guga que agora retorna
também ostenta um novo status:
o de "pior" atleta do time. Seus
outros três companheiros aparecem na sua frente na lista da ATP.
Ricardo Mello é o primeiro brasileiro, no 51º posto. Depois aparecem Flávio Saretta, em 117º, e
André Sá, na 160ª colocação.
Tamanho abismo tirou de Guga
a responsabilidade de ser o número um da equipe, posto agora ocupado por Mello. "Vai ser melhor
ainda se eu entrar em quadra já
com uma vitória do Ricardo. Assim posso ficar mais tranqüilo."
Antes do confronto deste final
de semana no Centro Cau Hansen, em apenas outras duas ocasiões o catarinense não havia sido
o mais bem ranqueado do grupo.
Além do duelo de estréia, em sua
segunda aparição, contra a Venezuela, em abril de 96. Nas duas vezes, o melhor do time era Fernando Meligeni, agora capitão.
Nos últimos meses, aproveitou
para recuperar a forma. Neste
ano, jogou apenas sete vezes
-venceu duas. Atuou em Valência, nos Masters Series de Montecarlo, Roma e Hamburgo e em
Roland Garros. "Quero usar esses
jogos para continuar minha evolução. Não estou tão preocupado
com os resultados", afirmou.
NA TV - Sportv2, ao vivo, a
partir das 16h
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