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São Paulo, quarta-feira, 15 de outubro de 2003

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Base versus elite é dilema desde as gestões de FHC

DO PAINEL FC E
DA REPORTAGEM LOCAL

Sai governo, entra governo, o debate sobre o destino das verbas públicas para esportes olímpicos segue igual: vale mais investir na base -a longo prazo, formando atletas no nascedouro- ou no topo, injetando recursos em atletas de elite que dão retorno imediato?
Nas duas gestões de Fernando Henrique Cardoso (1995-2002), o Estado passou a aportar mais recursos no esporte, especialmente nas modalidades olímpicas, via estatais ou por verba orçamentária.
O divisor de águas foi a Lei Piva. Aprovada em julho de 2001 sob o nome de um ex-senador tucano (Pedro Piva) e sancionada por FHC, a legislação que destina 2% da arrecadação das loterias aos esportes olímpicos foi formulada também pelo então deputado comunista Agnelo Queiroz.
Embora, nos anos FHC, a elite tenha ganho boa parte da verba pública, no governo Lula -o primeiro a criar um ministério exclusivo para o setor- o patrocínio de estatais a esportes de alto rendimento cresceu.
O que une as duas gestões é a míngua da verba orçamentária do ministério. Hoje é a menor da Esplanada: R$ 43,1 milhões.
Nas potências esportivas do continente -EUA, Cuba e Canadá-, a realidade é bem diferente, assim como as cifras.
Nos EUA, o Usoc, comitê olímpico local, diz que o investimento em esporte em 2002 foi superior a US$ 700 milhões, somando verbas federais e do próprio órgão. Os recursos do Usoc são na maior parte privados, e o dinheiro começa a ser empregado nas escolas.
Em Cuba, esporte é uma das prioridades do governo, ao lado de educação e saúde.
No Canadá o comitê olímpico arrecada cerca de US$ 11 milhões/ano, só da iniciativa privada. E o governo investe outros US$ 200 milhões.(FV e JCA)

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