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SAIBA MAIS
Base versus elite é dilema desde as gestões de FHC
DO PAINEL FC E
DA REPORTAGEM LOCAL
Sai governo, entra governo, o
debate sobre o destino das verbas públicas para esportes
olímpicos segue igual: vale
mais investir na base -a longo
prazo, formando atletas no
nascedouro- ou no topo, injetando recursos em atletas de
elite que dão retorno imediato?
Nas duas gestões de Fernando Henrique Cardoso (1995-2002), o Estado passou a aportar mais recursos no esporte,
especialmente nas modalidades olímpicas, via estatais ou
por verba orçamentária.
O divisor de águas foi a Lei
Piva. Aprovada em julho de
2001 sob o nome de um ex-senador tucano (Pedro Piva) e
sancionada por FHC, a legislação que destina 2% da arrecadação das loterias aos esportes
olímpicos foi formulada também pelo então deputado comunista Agnelo Queiroz.
Embora, nos anos FHC, a elite tenha ganho boa parte da
verba pública, no governo Lula
-o primeiro a criar um ministério exclusivo para o setor- o
patrocínio de estatais a esportes de alto rendimento cresceu.
O que une as duas gestões é a
míngua da verba orçamentária
do ministério. Hoje é a menor
da Esplanada: R$ 43,1 milhões.
Nas potências esportivas do
continente -EUA, Cuba e Canadá-, a realidade é bem diferente, assim como as cifras.
Nos EUA, o Usoc, comitê
olímpico local, diz que o investimento em esporte em 2002 foi
superior a US$ 700 milhões, somando verbas federais e do
próprio órgão. Os recursos do
Usoc são na maior parte privados, e o dinheiro começa a ser
empregado nas escolas.
Em Cuba, esporte é uma das
prioridades do governo, ao lado de educação e saúde.
No Canadá o comitê olímpico arrecada cerca de US$ 11 milhões/ano, só da iniciativa privada. E o governo investe outros US$ 200 milhões.(FV e JCA)
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