São Paulo, Domingo, 16 de Janeiro de 2000


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PAINEL FC

Saída estratégica
Embora garanta que não esteja deixando o Palmeiras, a Parmalat já decidiu preparar terreno para a saída. A empresa tem uma pesquisa em mãos, de acordo com a qual a parceria, iniciada em 1992, está próxima de um ponto de saturação. O que poderia conseguir de ganho de imagem com o patrocínio, a multinacional já conseguiu. A partir daqui deve cuidar para não perdê-lo.

Momento ruim
Ainda segundo a pesquisa da Parmalat, se a empresa encerrasse agora a co-gestão, pouco mais de um mês após a perda do Mundial, em Tóquio, estaria saindo por baixo. Seus diretores decidiram esperar, portanto, dias um pouco melhores para abandonar o barco.

Falta de sintonia
Na multinacional italiana, há reclamações contra dirigentes palmeirenses, que até o momento não teriam se reunido com a empresa para discutir a programação do time para a temporada 2000.

Velhas promessas
Joseph Blatter declara que agora sai. Em junho, o presidente da Fifa diz que vai reunir um grupo de estudos para propor um calendário mundial, válido para os dois hemisférios, e a diminuição do número de jogos de times profissionais por ano.

Quem te viu...
Assim que chegou ao Flamengo, o técnico Paulo César Carpegiani, conhecido no São Paulo por inventar táticas difíceis de serem entendidas pelos jogadores, foi logo dizendo: "Comigo não tem problema. Gosto de tudo na maior simplicidade."

Titular
A armadora Claudinha, do BCN/Osasco, definiu sua volta à WNBA só depois de conversar com o Detroit por telefone. A treinadora garantiu à brasileira, que esquentou o banco em 99, que ela estará em quadra pelo menos 30 minutos por jogo.

Na crista da onda
Depois de ter sido contratada pela Confederação Brasileira de Futebol e pelo Flamengo, a Fundação Getúlio Vargas negocia com o HMTF uma consultoria para o Corinthians.

Emprego renovado
O Corinthians vai fazer uma proposta a Oswaldo de Oliveira para que o técnico assine por mais dois anos, com direito a aumento de salário.

Novas obras
A reforma do Maracanã, que só deve terminar em dezembro, foi orçada em R$ 54 milhões. A partir do Rio-São Paulo, o setor da geral, onde os torcedores assistem ao jogo de pé, voltará a ser liberado. No Mundial de Clubes, por orientação da Fifa, ele teve de ficar fechado.

Doce vingança
Os cerca de 20 mil torcedores paulistas foram obrigados pela PM do Rio a ficar uma hora confinados até que a torcida vascaína deixasse o Maracanã, anteontem. Não podiam nem ir ao banheiro. Na saída, veio a "vingança": depararam-se com o ônibus que levava o time do Vasco. Cercaram o veículo, gritando ""Ah, É Edmundo".

Direito de arena
A Lusa obteve liminar junto ao Superior Tribunal de Justiça, para não precisar depositar em juízo 20% do valor dos direitos de televisionamento de seus jogos. A decisão causou mal-estar em outros times -haviam decidido não recorrer contra a ação do Sindicato dos Atletas, por acharem a causa perdida.

Lobby do judô
A União Nacional em Defesa do Judô, liderada por Walter Carmona e Aurélio Miguel, indicou ao Ministério do Esporte e Turismo que o judoca José Mário Tranquillini faça parte do Conselho de Desenvolvimento do Desporto Brasileiro.

DIVIDIDA

Eurico Miranda, homem forte do futebol vascaíno, ficou irritado com as críticas da Fifa à distribuição de ingressos para a final do Mundial de Clubes:
- Ela não sabe o que é uma decisão entre dois clubes brasileiros. Não era venda de ingressos para um show de balé. São uns imbecis, não têm a menor noção das coisas.

CONTRA-ATAQUE

Piada infame
A boa fase do Palmeiras de Wanderley Luxemburgo em 1996 deixava a equipe em estado de graça, disparando piadas sobre os rivais. Foi o que aconteceu no saguão de um hotel na véspera de um clássico contra o São Paulo. O roupeiro Chiquinho, do time do Parque Antarctica, perguntou a um grupo:
"Qual time do Brasil está hoje mais próximo da perfeição?" Todos responderam que era o Palmeiras. Chiquinho retrucou:
"Não, é o São Paulo, porque o centro de treinamento deles fica ao lado do nosso."
A brincadeira foi publicada pela imprensa e provocou pânico no roupeiro, que temia que a piada fosse interpretada como "desrespeito ao adversário".
Esperando represálias por parte da diretoria e da comissão técnica, Chiquinho, então, foi chorando procurar o jornalista, pedindo que ele intercedesse junto ao "staff" do clube.
Luxemburgo aceitou "perdoar" o roupeiro, mas não sem antes lhe passar uma descompostura perante os jogadores. Notando que Chiquinho estava apavorado, todos começaram a gozá-lo. Até hoje o roupeiro se esquiva ao ver jornalistas.

E-mail painelfc.folha@folhasp.com.br


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