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AUTOMOBILISMO
Na Itália, hexacampeão da F-1 diz que pode continuar na Ferrari após 2006, quando acaba seu contrato
Schumacher ameaça sonho de Barrichello
FÁBIO SEIXAS
DA REPORTAGEM LOCAL
Michael Schumacher não esperou. Um dia depois de Rubens
Barrichello renovar contrato com
a Ferrari, o hexacampeão da F-1
anunciou que pode continuar
correndo na equipe em 2007.
A declaração é como uma ducha de água fria em qualquer intenção do brasileiro de assumir o
posto de primeiro piloto do time.
Os contratos dos dois -e de toda a cúpula esportiva ferrarista-
terminam em dezembro de 2006.
Nos bastidores da categoria,
muitos apostam na aposentadoria do alemão antes mesmo do
fim do acordo. Essa possibilidade
pode ter influenciado na decisão
de Barrichello de renovar com a
Ferrari, descartando propostas de
outros times, como a Williams.
Ontem, porém, Schumacher foi
no sentido contrário. E fez questão de ser bem claro e direto.
"Nunca descartei a possibilidade de continuar correndo depois
de 2006. Quando eu renovei meu
contrato, o presidente da Ferrari
[Luca di Montezemolo] disse que
eu poderia continuar aqui pelo
tempo que eu quisesse, enquanto
me sentisse motivado", declarou,
em um evento na Itália. "Minha
motivação está intacta. Amo o
que faço. Só sou feliz quando estou cercado por quatro rodas,
com o volante na minha frente."
O alemão elogiou a renovação
de Barrichello, mas afirmou que
ele é seu parâmetro para determinar o momento da aposentadoria.
"Sinceramente, não haveria
ninguém melhor do que o Rubens", disse. "Quando vou parar?
Quando chegar o dia em que eu
der o meu melhor, mas isso não
for bom o suficiente para superar
meu companheiro, aí saberei que
está na hora de ir para casa, até
mesmo porque será perigoso."
Caso corra em 2007, Schumacher se tornará o recordista de
GPs da F-1. Hoje, a marca pertence a Riccardo Patrese, que disputou 256 provas. Com mais quatro
temporadas sem percalços, ele superará as 260 corridas na carreira.
Ontem, os principais jornais da
Itália deram destaque à renovação do contrato de Barrichello.
"Não houve surpresa. Todos sabem a importância que a Ferrari
dá para sua estabilidade", escreveu o "Il Tempo", de Roma.
O "Corriere della Sera", de Milão, enfatizou o fato de o brasileiro
ter descartado outras propostas.
O "La Gazzetta dello Sport", ligado ao grupo Fiat, dono da Ferrari, fez uma pesquisa sobre a renovação em seu site. No total, 669
internautas participaram, e 66%
apoiaram a decisão da Ferrari.
Com agências internacionais
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