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PROCURA-SE
Abílio Pires botou anúncio em jornal para formar torcida de aluguel
Conselheiro paga fãs com esfiha
DA REPORTAGEM LOCAL
Em tempos de crise, cada um
contribui como pode. É o caso
do português Abílio Barbosa Pires, de 59 anos, que está preocupado com o sumiço da torcida
da Lusa.
Para tentar remediar a situação, Pires, conselheiro vitalício
do clube do Canindé, publicou
um anúncio no último dia 30 no
jornal "Diário de S.Paulo" procurando pessoas, em "regime de
bico", para torcer pela Lusa.
"Para torcer por importante
clube desta capital, divisão especial, e em decréscimo de massa
torcedora", dizia o anúncio.
Para a função, o torcedor-bico
vai receber um ingresso, um
lanche, um refrigerante e uma
ajuda de custo para a condução.
O requisito: ir ao Canindé e gritar pela Lusa.
"Times que não têm torcida
não empolgam seus jogadores",
explica Pires, que afirma ter sofrido críticas por sua iniciativa.
"Estou sendo tratado mal por
gente que acha que eu estou expondo o time ao ridículo fazendo uma coisa dessas, mas aí eu
pergunto: "Você tem ido aos jogos?" E o cara diz que não, por
causa dos compromissos...", inconforma-se o conselheiro.
Pires, dono de uma casa de esfihas, de onde garantirá o lanche
e o refrigerante do torcedor
"free-lancer", afirma que já cadastrou 500 pessoas para o projeto da nova torcida.
"Mas, como o dinheiro está
saindo do meu bolso, vou poder
bancar apenas cem. Já é uma
boa contribuição. No último jogo contra o Corinthians [1 a 1 no
último dia 29", tinha 66 indíviduos torcendo pela Lusa", diz o
conselheiro, que pretende levar
os torcedores-bicos ao Canindé
nos jogos do Brasileiro da segunda divisão.
(FSX E LR)
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