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São Paulo, domingo, 16 de fevereiro de 2003

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PROCURA-SE

Abílio Pires botou anúncio em jornal para formar torcida de aluguel

Conselheiro paga fãs com esfiha

DA REPORTAGEM LOCAL

Em tempos de crise, cada um contribui como pode. É o caso do português Abílio Barbosa Pires, de 59 anos, que está preocupado com o sumiço da torcida da Lusa.
Para tentar remediar a situação, Pires, conselheiro vitalício do clube do Canindé, publicou um anúncio no último dia 30 no jornal "Diário de S.Paulo" procurando pessoas, em "regime de bico", para torcer pela Lusa.
"Para torcer por importante clube desta capital, divisão especial, e em decréscimo de massa torcedora", dizia o anúncio.
Para a função, o torcedor-bico vai receber um ingresso, um lanche, um refrigerante e uma ajuda de custo para a condução. O requisito: ir ao Canindé e gritar pela Lusa.
"Times que não têm torcida não empolgam seus jogadores", explica Pires, que afirma ter sofrido críticas por sua iniciativa.
"Estou sendo tratado mal por gente que acha que eu estou expondo o time ao ridículo fazendo uma coisa dessas, mas aí eu pergunto: "Você tem ido aos jogos?" E o cara diz que não, por causa dos compromissos...", inconforma-se o conselheiro.
Pires, dono de uma casa de esfihas, de onde garantirá o lanche e o refrigerante do torcedor "free-lancer", afirma que já cadastrou 500 pessoas para o projeto da nova torcida.
"Mas, como o dinheiro está saindo do meu bolso, vou poder bancar apenas cem. Já é uma boa contribuição. No último jogo contra o Corinthians [1 a 1 no último dia 29", tinha 66 indíviduos torcendo pela Lusa", diz o conselheiro, que pretende levar os torcedores-bicos ao Canindé nos jogos do Brasileiro da segunda divisão. (FSX E LR)


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