São Paulo, terça-feira, 16 de março de 2010

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VÔLEI

Quarentona poderosa


Fofão, que tem impulsionado o São Caetano nos últimos jogos da Superliga, ainda é a melhor levantadora do Brasil


CIDA SANTOS
COLUNISTA DA FOLHA

FOFÃO VIROU quarentona e desafia o tempo: ainda é a melhor levantadora do país. Só não defenderá a seleção no Mundial, em outubro, porque não quer. E não adianta fazer campanha. Diz que nem se a mãe pedir ela volta atrás. O argumento? Encerrou um ciclo. Resta ver a Fofão no São Caetano.
Na semana passada, quando a levantadora fez 40 anos, o time acordou. O São Caetano, que tem as campeãs olímpicas Scheila e Mari, foi montado para obter títulos. No primeiro ano, decepcionou. Nesta Superliga, faz campanha irregular, mas tem motivo para se animar.
O time obteve duas vitórias importantes, sobre Osasco e Pinheiros, os donos das melhores campanhas da Superliga. Tudo deu certo: o trio de ouro (Fofão, Scheila e Mari) deu show. Juciely mostrou que é uma das centrais mais rápidas do país, e Natália fez oito pontos de bloqueio.
Mas nada foi tão surpreendente como a estratégia do técnico Mauro Grasso. Em um dos pedidos de tempo contra o Osasco, na mira dos microfones da televisão, ele passou as instruções para Mari em italiano. O motivo? Mauro Grasso não queria que os espiões do Osasco, que viam o jogo pela TV, entendessem as orientações e as repassassem, ainda durante a partida, ao técnico Luizomar de Moura. Uma dica aos espiões: que tal aulinhas de italiano? O problema do São Caetano é superar a irregularidade. Para se ter uma ideia, no primeiro turno, perdeu para o São José, o lanterninha, que em 20 jogos só tem duas vitórias. A outra batalha é garantir o quarto lugar na tabela e ficar na frente do Minas, para ter vantagem do mando do jogo na próxima fase.
No masculino, foi emocionante na última rodada a volta do líbero Alan, do Pinheiros, que passou por duas cirurgias no joelho e ficou um ano e três meses sem jogar.
Contra o Santo André, no sábado, Alan entrou no terceiro set, fora da sua posição, no lugar do Giba. Teve até que sacar, algo que não fazia em quadra, segundo o próprio Alan diz em seu Twitter, havia 13 anos. O Pinheiros está ficando completo e sem lesões. Vai lutar por vaga na final.

VÔLEI E FUTEBOL
O Minas seguiu a norma do futebol: o time não está rendendo, o técnico é demitido. Marcos Miranda perdeu o emprego depois da derrota para o Sesi. O ex-jogador Douglas Chiarotti, campeão olímpico, assumiu a equipe e, na estreia, também perdeu para o Caxias do Sul -por 3 a 0. Boa sorte ao Douglas.

TRÊS VAGAS
Na Superliga feminina, as cinco equipes favoritas estão classificadas para a próxima fase: Osasco, Pinheiros, Rio, São Caetano e Minas. Seis times lutarão nas últimas quatro rodadas pelas três últimas vagas: Praia Clube, Araçatuba, Brusque, São Bernardo, Sport e Macaé.

cidasan@uol.com.br


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