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Só 1 torcedor recebe time em casa
DE BUENOS AIRES
Leandro Desábato evitou a imprensa ao desembarcar em Buenos Aires, ontem, às 21h59. O jogador saiu por uma área restrita
do aeroporto de Ezeiza.
Azar do torcedor do Quilmes
Abel Fernandez, 29, único a esperar Desábato no aeroporto. "Vim
para apoiá-lo e também ao time,
que atravessa momento difícil."
Fernandez afirma que a detenção de Desábato no Brasil foi
"uma farsa" e diz que "Grafite é
quem devia estar preso, por
agressão". O torcedor nasceu na
localidade de Quilmes, a aproximadamente 25 km de Buenos Aires, mas hoje vive na capital argentina, onde tem uma agência de
"remises" (carros para transporte
particular). "Tenho 30 motoristas
trabalhando para mim e nenhum
se chama pelo nome. São só apelidos", disse, para ressaltar que a
atitude de Desábato não foi discriminatória.
Fernandez estava acompanhado da mãe, Noemi Rodriguez, e
da mulher, Caridad Bravo. Noemi
apontou a nora e disse: "Ela é peruana. Nós na Argentina não temos discriminação."
Os outros jogadores do Quilmes, time de pouca tradição que
não conta com torcida numerosa
na Argentina, desembarcaram
pela área comum do aeroporto e
deram entrevistas para dezenas
de jornalistas argentinos que os
esperavam. O discurso foi contido e uniforme. "Recebemos a recomendação de ser muito cautelosos nas declarações", disse Nelson Vivas.
(SILVANA ARANTES)
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