São Paulo, sábado, 16 de abril de 2005

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Só 1 torcedor recebe time em casa

DE BUENOS AIRES

Leandro Desábato evitou a imprensa ao desembarcar em Buenos Aires, ontem, às 21h59. O jogador saiu por uma área restrita do aeroporto de Ezeiza.
Azar do torcedor do Quilmes Abel Fernandez, 29, único a esperar Desábato no aeroporto. "Vim para apoiá-lo e também ao time, que atravessa momento difícil."
Fernandez afirma que a detenção de Desábato no Brasil foi "uma farsa" e diz que "Grafite é quem devia estar preso, por agressão". O torcedor nasceu na localidade de Quilmes, a aproximadamente 25 km de Buenos Aires, mas hoje vive na capital argentina, onde tem uma agência de "remises" (carros para transporte particular). "Tenho 30 motoristas trabalhando para mim e nenhum se chama pelo nome. São só apelidos", disse, para ressaltar que a atitude de Desábato não foi discriminatória.
Fernandez estava acompanhado da mãe, Noemi Rodriguez, e da mulher, Caridad Bravo. Noemi apontou a nora e disse: "Ela é peruana. Nós na Argentina não temos discriminação."
Os outros jogadores do Quilmes, time de pouca tradição que não conta com torcida numerosa na Argentina, desembarcaram pela área comum do aeroporto e deram entrevistas para dezenas de jornalistas argentinos que os esperavam. O discurso foi contido e uniforme. "Recebemos a recomendação de ser muito cautelosos nas declarações", disse Nelson Vivas. (SILVANA ARANTES)


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