São Paulo, domingo, 16 de junho de 2002

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TOSTÃO

Brasil terá um jogo difícil

O Brasil é o favorito contra a Bélgica, mas não será um jogo fácil. A principal qualidade do adversário é o conjunto. Surpreendentemente, na primeira fase a Bélgica foi melhor no ataque do que na defesa. O time ganhou da Rússia e empatou contra Japão e Tunísia. O principal jogador da equipe é o atacante Wilmots. O vencedor enfrentará a Inglaterra.
Felipão disse que iria escalar a equipe que ganhou da China e depois trocou o Anderson Polga pelo Edmilson. Não faz diferença. Os dois são fracos. Contra a Costa Rica, senti falta do Roque Júnior -o melhor dos zagueiros nas duas primeiras partidas.
Roque Júnior, Roberto Carlos e Ronaldinho Gaúcho voltam ao time. Júnior atuou melhor do que Roberto Carlos. Júnior sabe jogar de ala. Ataca pela ponta e pelo meio e tem mais habilidade do que Roberto Carlos. Esse, marca melhor, às vezes acerta uma bomba no gol e é uma grife.
Os problemas principais da seleção são a má qualidade dos zagueiros e a falta de um armador ao lado do Gilberto Silva. Todo mundo já percebeu, menos o Felipão, que há um buraco no meio-campo.
Na primeira fase, Ronaldo foi o craque do Mundial. Felizmente, ele não está correndo atrás dos zagueiros para marcar, como queria o treinador. Dessa forma, não fica cansado no momento de dar os seus dribles e arrancadas para o gol. Falta ainda ele fazer um gol com sua jogada característica: driblando os zagueiros e o goleiro.
A imprensa brasileira está surpresa com a postura bastante ofensiva da seleção no Mundial. Essa não era a característica dos times dirigidos pelo Scolari. Na verdade, Felipão sempre teve atitudes contraditórias, dentro e fora de campo. Oscila bastante entre a postura defensiva e a ofensiva e entre a delicadeza e a grosseria.
Independentemente do resultado final, o técnico teve acertos e erros na seleção. Se o Brasil perder ou ganhar, ele não será o pior, nem o melhor dos treinadores.

Hormônios no Futebol
Segundo trabalhos científicos de uma conceituada revista inglesa, publicado recentemente pela Folha, o nível do hormônio testosterona está muito mais elevado nos jogadores que atuam em casa do que nos que atuam fora. A testosterona aumenta a força muscular e o entusiasmo dos atletas. Outro estudo mostrou que árbitros e auxiliares erram muito mais a favor dos times da casa.
Parece que os hormônios dos jogadores japoneses e coreanos estão lá em cima! Eles não param de correr. Hormônio não faz gol, mas ajuda. Já imaginou o Ronaldo com níveis elevados de testosterona?

tostão.folha@uol.com.br



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