São Paulo, domingo, 16 de junho de 2002

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BRASIL

Polga é barrado, e Scolari repete escalação da estréia contra a Bégica e sua "jogada única"

Edmilson fica no time para ajudar a conter chuveirinhos

DOS ENVIADOS A KOBE

Após mexer na equipe nas duas últimas partidas, o técnico da seleção, Luiz Felipe Scolari, decidiu escalar contra a Bélgica, amanhã, às 8h30 (Brasília), em Kobe, pelas oitavas-de-final, o mesmo time da estréia nesta Copa do Mundo.
A principal alteração será a saída do zagueiro Anderson Polga, barrado para a volta de Roque Júnior, que ficou fora do último jogo porque estava "pendurado" com um cartão amarelo.
Assim, Edmilson, que disputou a última partida depois de ter ficado no banco contra a China para a entrada de Polga, permanecerá no time. Com a mudança na zaga, Scolari vai escalar os três zagueiros mais altos para tentar conter o jogo aéreo belga, a principal preocupação da seleção.
""Eles são fortes no jogo aéreo. Vamos ter que ficar atentos os 90 minutos. Caso contrário, um lance perdido poderá jogar tudo fora", disse Edmilson, que perdera a vaga de titular por se recusar a dar "chutões" na estréia (vitória por 2 a 1) contra a Turquia.
Edmilson foi o autor do gol mais bonito da seleção na goleada contra a Costa Rica, por 5 a 2, quinta-feira, ainda na Coréia.
Para a partida de estréia, Scolari havia escalado a mesma defesa por temer o jogo aéreo turco.
No único ensaio tático para a partida, realizado ontem, o técnico da seleção interrompeu o treino várias vezes para corrigir o posicionamento dos zagueiros mantidos do início ao fim do treino.
Scolari chegou a dizer para os jogadores que a Bélgica só tem "uma jogada", referindo-se ao jogo aéreo do adversário.
""Eles só têm uma jogada. Se a gente conseguir matar isso, não tomamos gol", falou o técnico, aos berros, no treino.
A defesa da seleção ainda não se acertou na Copa. Os zagueiros cometeram uma série de falhas nas partidas da primeira fase.
Além da volta de Roque Júnior, Scolari confirmou o retorno do lateral-esquerdo Roberto Carlos e do meia-atacante Ronaldinho. Os dois também foram poupados na vitória contra a Costa Rica. Com isso, Júnior, que foi eleito o melhor jogador da seleção no último jogo, e Edílson voltam à reserva.
Apesar da preocupação defensiva de Scolari, a seleção vai jogar para a frente contra a Bélgica. O ataque, com 11 gols, é o melhor da história da seleção brasileira em uma primeira fase de Copa.
O treinador já disse que não vai mudar o posicionamento agressivo da equipe para a partida.
Confiante no poder ofensivo da seleção, Scolari já cogita a possibilidade de segurar o resultado no segundo tempo.
Por isso, ele ensaiou o time titular com o volante Kleberson no lugar de Juninho.
O atacante Denílson também poderá entrar no segundo tempo contra a Bélgica para explorar os contra-ataques em velocidade.
Ele não foi utilizado na última partida porque Scolari preferiu poupá-lo. O jogador estava com um cartão amarelo. Com o final da primeira fase, os cartões foram zerados pela Fifa.
Nos dois primeiros jogos da seleção no Mundial, Denílson entrou no segundo tempo.
No treino de ontem, o meia Ricardinho, elogiado pelas atuações nas duas últimas partidas, jogou todo o tempo entre os reservas. (FÁBIO VICTOR, FERNANDO MELLO, JOSÉ ALBERTO BOMBIG E SÉRGIO RANGEL)


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