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Torneio nacional tem menos dribles e gols, enquanto violência cresce
Brasileiro-2001 joga seu nível técnico no chão
DA REPORTAGEM LOCAL
Menos dribles, oportunidades
criadas e gols. Mais violência e jogos sem a abertura de contagem.
No meio da sua quinta rodada,
o Brasileiro-01 é disputado com
um nível técnico mais baixo até
do que a caótica Copa JH.
Tanto na média de gols quanto
nos fundamentos que tornam o
jogo mais ofensivo, a edição 2001
do Nacional decepciona.
Com o jogo de ontem entre Corinthians e Juventude, já são dez
partidas encerradas sem gols em
61 duelos disputados -isso sem
contar os jogos que seriam realizados ontem à noite.
Em todo o Brasileiro do ano
passado, contando o módulo que
tinha as principais equipes e as finais, foram 19 confrontos sem
gols, mas em um universo de 330
jogos disputados.
Nos 61 primeiros duelos do primeiro Nacional do século, a média é de 2,48 gols por jogo. A JH
teve média de 2,91.
Os números do Datafolha, que
realiza levantamentos estatísticos
em todas as partidas da competição, mostram ainda mais sobre o
declínio técnico do principal torneio de futebol do país.
Dos últimos cinco anos, a edição 2001 é a menos criativa do
Brasileiro. Com quase metade dos
times usando o esquema com três
zagueiros, como quer Luiz Felipe
Scolari na seleção, dribles e finalizações são artigos mais raros.
Em média, cada partida da
competição termina com 36 dribles e 26 chances de gol criadas.
Em 1998, antes do início das viradas de mesa, eram 46 dribles
por partida e 32 finalizações por
encontro da competição.
Se a criatividade está em declínio, os pontapés estão em alta.
A média de faltas, segundo o
Datafolha, é de 57 por jogo, contra, por exemplo, 55 do ano passado e 52 da edição de 1998.
Destaques da competição até o
momento, como Atlético-PR e
Paraná, apelam muito e ficam na
zona de classificação -ambos
cometem mais de 30 faltas por
partida e aparecem entre os cinco
times mais violentos.
Não bastasse a falta de técnica, o
campeonato ainda é marcado por
erros grosseiros da arbitragem e
lances inusitados.
Na semana passada, por exemplo, o Corinthians só venceu o Botafogo-SP depois da marcação de
um pênalti inexistente.
Domingo, no jogo entre Palmeiras e América-MG, o zagueiro
Wellington Paulo, do time mineiro, foi expulso após agredir um de
seus próprios companheiros.
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