Brasileira pretende abandonar o esporte depois da Olimpíada do Rio para ser estilista

RAFAEL REIS
DE SÃO PAULO

Cláudia Mazzaferro tem 14 anos e toda uma carreira pela frente na vela. Mas a brasileira da classe Byte CII (feminino) dos Jogos da Juventude já pensa na aposentadoria.
A velejadora, cuja estreia é na madrugada de amanhã, pretende abandonar o esporte tão logo conclua o curso de de moda que deseja fazer.
"Acho difícil ser uma estilista, trabalhar e ainda permanecer como uma atleta de ponta", explica Cláudia. "Nunca deixaria de ir à faculdade para velejar. Tem tempo para tudo", acrescenta.
A decisão de colocar a moda como prioridade não significa que a jovem esportista já desistiu da vela. Pelo contrário. Ela tem metas bem definidas para o tempo que lhe resta dentro d'água.
O plano da velejadora passa por uma mudança para a classe 470, a fim de participar da Olimpíada do Rio, em 2016. Para concretizar o objetivo, ela até aceita deixar os estudos em segundo plano. Mas só por um curto período.
"Acho que dá para manter o nível no começo da faculdade, mas, chegando perto da Olimpíada, eu trancaria o curso e voltaria depois dos Jogos. Indo à Olimpíada, eu completo um sonho."
Questionada se um fracasso na classificação para os Jogos cariocas pode estender sua carreira por mais um ciclo de quatro anos, Cláudia mostrou personalidade.
"Não existe essa opção de não me classificar. Não penso em outros planos. A Olimpíada de 2016 seria o ideal para mim. Não é uma tarefa fácil, mas é o que eu quero", afirma a adolescente.


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