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A Olimpíada em que o Brasil aprendeu a enterrar
MELCHIADES FILHO
Editor de Esporte
Pouco se sabe da campanha do
bronze em 1948. Os arquivos do
Comitê Olímpico Internacional
quase nada trazem sobre a seleção
treinada por Moacyr Daiuto.
De certo, sabe-se apenas que o
jogo foi feroz, com quase 20 inversões de liderança no segundo tempo. Os mexicanos haviam aberto
uma vantagem de 25 a 17 ao final
da primeira etapa, mas os brasileiros reagiram, anotando 10 dos últimos 11 pontos do jogo (52 x 47).
Daí, a importância do diário que
a Folha traz hoje a público -pela
primeira vez, segundo a viúva do
técnico, Loyde del Nero.
Daiuto detalha a série de contusões que vitimou seus comandados, relata o ritmo improvisado
dos treinos, assume que ignorava
o regulamento da competição e
reconhece ter subestimado o adversário que alijou o Brasil da disputa da medalha de ouro.
O texto é recheado de belas passagens, como as impressões de
Daiuto da Londres do pós-guerra
e seu espanto quando, num jogo
dos EUA, viu pela primeira vez
uma enterrada -"uma bandeja
de cima para baixo, como uma
cortada do vôlei". Vale a leitura.
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