São Paulo, domingo, 16 de agosto de 1998

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A Olimpíada em que o Brasil aprendeu a enterrar

MELCHIADES FILHO
Editor de Esporte

Pouco se sabe da campanha do bronze em 1948. Os arquivos do Comitê Olímpico Internacional quase nada trazem sobre a seleção treinada por Moacyr Daiuto.
De certo, sabe-se apenas que o jogo foi feroz, com quase 20 inversões de liderança no segundo tempo. Os mexicanos haviam aberto uma vantagem de 25 a 17 ao final da primeira etapa, mas os brasileiros reagiram, anotando 10 dos últimos 11 pontos do jogo (52 x 47).
Daí, a importância do diário que a Folha traz hoje a público -pela primeira vez, segundo a viúva do técnico, Loyde del Nero.
Daiuto detalha a série de contusões que vitimou seus comandados, relata o ritmo improvisado dos treinos, assume que ignorava o regulamento da competição e reconhece ter subestimado o adversário que alijou o Brasil da disputa da medalha de ouro.
O texto é recheado de belas passagens, como as impressões de Daiuto da Londres do pós-guerra e seu espanto quando, num jogo dos EUA, viu pela primeira vez uma enterrada -"uma bandeja de cima para baixo, como uma cortada do vôlei". Vale a leitura.



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