|
Texto Anterior | Próximo Texto | Índice
Para executivo, elo é só "ilação"
DA REPORTAGEM LOCAL E DO PAINEL FC
O presidente da ISL no Brasil,
Wesley Cardia, declarou ontem
que ligar a multinacional que ele
representa no país aos negócios
da Lake Blue "é uma ilação".
"Nós somos uma empresa séria
e só depositamos o dinheiro, que
partiu da nossa sede da Suíça, na
conta que nos foi indicada", disse.
Ele confirmou contar com os
serviços do empresário Doddy Sirena, que já assinou documentos
em nome da Lake Blue e indicou o
agente espanhol Jose Antonio
Martin, representante da Lake
Blue no Caribe, ao Flamengo.
"Mas uma coisa não está relacionada com a outra." Cardia disse que desconhecia o fato de existir uma Lake Blue no Brasil.
Segundo ele, que é advogado, a
compra de Petkovic, pela qual a
parceria Flamengo/ISL pagou
US$ 450 mil em comissão no Caribe, não incorreu em crime porque a transação envolveu duas
empresas estrangeiras -a ISL
suíça e a Lake Blue Development.
No negócio, também foram pagos US$ 1,55 milhão à empresa Picoline, também com sede nas
Ilhas Virgens Britânicas. Esse dinheiro seria relativo aos direitos
de imagem de Petkovic.
Cardia disse estar disposto a depor na CPI do Futebol, instalada
no Senado, para esclarecer a negociação do jogador.
Para o senador Álvaro Dias
(PSDB-PR), a empresa e o Flamengo ainda não conseguiram
explicar o motivo de o dinheiro
ter sido enviado para o Caribe.
Autoridades financeiras afirmam que a transação devia ter
pago impostos no Brasil.
Texto Anterior: Sirena nega atuação em negócio Próximo Texto: CPI vai até a "embaixada" no Rio Índice
|