São Paulo, quinta-feira, 16 de novembro de 2000

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Para executivo, elo é só "ilação"

DA REPORTAGEM LOCAL E DO PAINEL FC

O presidente da ISL no Brasil, Wesley Cardia, declarou ontem que ligar a multinacional que ele representa no país aos negócios da Lake Blue "é uma ilação".
"Nós somos uma empresa séria e só depositamos o dinheiro, que partiu da nossa sede da Suíça, na conta que nos foi indicada", disse.
Ele confirmou contar com os serviços do empresário Doddy Sirena, que já assinou documentos em nome da Lake Blue e indicou o agente espanhol Jose Antonio Martin, representante da Lake Blue no Caribe, ao Flamengo.
"Mas uma coisa não está relacionada com a outra." Cardia disse que desconhecia o fato de existir uma Lake Blue no Brasil.
Segundo ele, que é advogado, a compra de Petkovic, pela qual a parceria Flamengo/ISL pagou US$ 450 mil em comissão no Caribe, não incorreu em crime porque a transação envolveu duas empresas estrangeiras -a ISL suíça e a Lake Blue Development.
No negócio, também foram pagos US$ 1,55 milhão à empresa Picoline, também com sede nas Ilhas Virgens Britânicas. Esse dinheiro seria relativo aos direitos de imagem de Petkovic.
Cardia disse estar disposto a depor na CPI do Futebol, instalada no Senado, para esclarecer a negociação do jogador.
Para o senador Álvaro Dias (PSDB-PR), a empresa e o Flamengo ainda não conseguiram explicar o motivo de o dinheiro ter sido enviado para o Caribe.
Autoridades financeiras afirmam que a transação devia ter pago impostos no Brasil.


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