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CPI vai até a "embaixada" no Rio
DA SUCURSAL DE BRASÍLIA
Dois assessores da CPI do Futebol, instalada no Senado, e dois
policiais federais estarão hoje no
Rio de Janeiro em busca de informações sobre a casa apelidada de
"embaixada".
No local, segundo denúncia feita por Renata Alves, ex-procuradora do técnico Wanderley Luxemburgo, eram realizadas reuniões secretas com a presença de
dirigentes de clubes, empresários
e doleiros.
A viagem será feita para cumprir o que determina requerimento aprovado pela CPI na última
segunda-feira.
Uma das principais informações que a comissão deseja é o número do telefone que era usado
na casa. A intenção dos parlamentares é quebrar o sigilo telefônico do local.
O acompanhamento da Polícia
Federal é praxe em deslocamento
de técnicos da CPI.
De acordo com Renata, Luxemburgo frequentava os encontros,
nos quais seriam acertados resultados de jogos e venda de jogadores. Luxemburgo nega participação nas reuniões e envolvimento
com venda de atletas.
Segundo o senador Álvaro Dias
(PSDB-PR), presidente da CPI do
Futebol, o grupo que estará no
Rio aproveitará para ir à sede da
CBF (Confederação Brasileira de
Futebol) cobrar o envio de contratos e outros documentos solicitados pela comissão.
"Será apenas uma visita", afirma o senador.
Álvaro Dias disse que a ida à
CBF não terá caráter de diligência,
busca ou blitz para coletar documentos.
A CPI já aprovou, em reunião
secreta, um requerimento do senador Geraldo Cândido (PT-RJ)
para realizar esse tipo de busca caso a CBF não remeta os documentos solicitados.
O senador Geraldo Althoff
(PFL-SC), relator da CPI, informou ontem por meio de sua assessoria que não existe decisão sobre a realização ou não da busca.
A CPI fez uma consulta formal
ao STF (Supremo Tribunal Federal) para saber se pode ou não fazer esse tipo de busca, mas ainda
não recebeu resposta.
Antes do pronunciamento do
STF, afirma Dias, nenhuma blitz
será feita. "Não vamos nos precipitar", disse.
Exemplo
Os senadores querem evitar que
se repita o que ocorreu durante a
CPI dos Bancos. Na ocasião, uma
busca na casa do ex-presidente do
Banco Central Francisco Lopes
localizou um bilhete que depois
foi desqualificado pela Justiça, já
que a blitz foi considerada irregular.
Em situações convencionais,
qualquer busca em casas ou outro
tipo de instalações só pode ser feita com autorização judicial.
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