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Após pancadaria no clássico, rivais voltam a se atacar
Corinthians isenta a sua torcida e a PM e diz que culpa por confronto é do São Paulo, que responsabiliza os fãs do rival
Clube tricolor afirma que irá cobrar prejuízo por danos, e
alvinegro chama torcedores
de "mártires da arrogância e
incompetência adversárias"
EDUARDO ARRUDA
TONI ASSIS
DA REPORTAGEM LOCAL
Um dia após o clássico que
terminou em pancadaria e deixou dezenas de feridos no Morumbi, Corinthians e São Paulo
seguiram a cartilha da semana
do duelo e voltaram a se atacar.
Logo pela manhã, os corintianos, por meio de uma nota
oficial, isentaram os torcedores
do clube que foram ao estádio e
a ação da Polícia Militar e atribuíram a culpa pelo confronto
ao clube do Morumbi.
Os são-paulinos, por sua vez,
também isentaram a PM, responsabilizam o comportamento dos rivais pelos incidentes e
dizem que cobrarão prejuízos.
Esse mesmo comportamento agressivo de ambos, na última semana, levou ao Morumbi
anteontem um clima tenso e de
animosidade entre os clubes
dentro e fora do campo.
Enquanto os jogadores e os
técnicos evitaram fazer declarações hostis, os cartolas aumentavam o tom das ofensas
por conta da carga de 10% dos
ingressos dada ao Corinthians.
Ontem, a situação não foi
mais amena. "Apesar do comportamento exemplar da nossa
torcida e do empenho da Polícia Militar, bombas caseiras
lançadas do estacionamento
privativo dos sócios do São
Paulo detonaram um processo
de pânico, agravado pelo clima
de animosidade, criado pela decisão equivocada do adversário
de limitar nosso acesso ao Morumbi", afirmou o texto divulgado pelo Corinthians.
À Folha o presidente do São
Paulo, Juvenal Juvêncio, reclamou da depredação do estádio.
"Não faltou habilidade da polícia. Eles [policiais] agiram no
sentido de preservar. Soube
que arrancaram cadeiras, danificaram carros, quebraram sanitários", disse o cartola.
"Mas já está tudo sendo consertado. Na quarta-feira, vai estar tudo normal. E a vida continua", afirmou Juvenal.
O vice de futebol do clube,
Carlos Augusto de Barros e Silva, foi além. "Sempre que isso
acontece, nós cobramos o clube responsável. No caso, o Corinthians. É o procedimento
normal. Não teria porque ser
diferente agora", afirmou.
O rival afirma que só tomará
posição se for cobrado oficialmente e defende a torcida.
"O Corinthians se solidariza
com seus torcedores, verdadeiros mártires da arrogância e incompetência de adversários
que nos tratam como inimigos", diz o clube, reafirmando
que não atuará mais no Morumbi. "Isso não nos afeta em
nada. Não dependemos do Corinthians para cuidar da nossa
vida. Achei que a relação com
eles fosse boa", responde o presidente do São Paulo.
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