São Paulo, Quarta-feira, 17 de Março de 1999 |
Texto Anterior | Próximo Texto | Índice
OLIMPÍADA Sistema de votação é mantido em segredo por dirigente COI vota expulsão de membros para tentar limpar sua imagem
das agências internacionais De olho na limpeza de sua imagem e na permanência dos patrocinadores, o COI (Comitê Olímpico Internacional) abre hoje sua assembléia geral, em Lausanne, Suíça, votando a exclusão de seis membros acusados de corrupção. Todos teriam recebido propinas e presentes, como viagens internacionais e estadias em hotéis de luxo, para votar a favor de Salt Lake City, cidade vitoriosa na disputa pelos Jogos de Inverno de 2002. "Queremos que o público e os dirigentes esportivos voltem a depositar confiança no nosso projeto", disse Mitt Romney, novo presidente do Comitê Organizador dos Jogos de Salt Lake City. Presidente do COI, o espanhol Juan Antonio Samaranch decidiu só revelar durante a reunião se a votação será aberta ou secreta. Os acusados serão julgados um a um, em ordem alfabética, e terão direito a defesa antes de cada votação. Para que eles sejam expulsos, são necessários os votos de pelo menos dois terços dos membros da entidade em favor da punição. "Essa perseguição não tem pé nem cabeça", disse o equatoriano Agustin Arroyo, 75, o primeiro a ser submetido à assembléia. A contabilidade do comitê aponta que Arroyo recebeu US$ 38 mil de Salt Lake City, entre 1992 e 1995, para pagar passagens aéreas e alugar uma casa para familiares. Os outros acusados são o chileno Sergio Santander, o congolês Jean-Claude Ganga, o sudanês Zein Abdel Gadir, o malinês Lamine Keita e o samoano Paul Wallwork. Outros dez membros do COI estão sujeitos a sanções mais leves, acusados também de favorecer a candidatura de Salt Lake City em troca de benesses. Texto Anterior: Tênis - Thales de Menezes: Barbaridades Próximo Texto: Basquete: Rio tenta manter superioridade sobre SP Índice |
|