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STOP & GO
De molho
JOSÉ HENRIQUE MARIANTE
Na última segunda-feira, os
médicos inglesos davam de 45 a
60 dias para Schumacher se recuperar. Dias depois, Willi Weber, com a clara intenção de preservar seu principal produto, dilata o prazo para 90 dias.
Tenho certeza de que o empresário está preocupadíssimo com
a saúde de seu piloto. Mas estabelecer com tanta segurança que
o ferrarista só volta na Malásia
deixa outra impressão, a de um
meticuloso planejamento.
As duas situações são distintas. Com 45 dias de molho, o alemão voltaria em Spa, obrigado a
defender sua posição no campeonato ou, ainda pior, a do
companheiro Irvine, em uma
vexatória inversão de valores.
Tudo, claro, condicionado à
distribuição de pontos das três
corridas perdidas -interessante, Silverstone mudou de fato o
campeonato, não apenas por
quebrar a perna de Schumacher,
mas também por ressuscitar David Coulthard no Mundial.
Agora, com uma volta na Malásia e o campeonato decidido
ou por decidir, Schumacher não
terá mais responsabilidade.
Poderá tanto correr para adquirir ritmo para 2000 como
abraçar de maneira nobre e elegante a missão de auxiliar Irvine em uma eventual disputa de
título -em uma situação ideal,
acabar talvez até como herói do
Mundial, muito mais da Ferrari
do que do próprio Irvine.
Ou seja, Schumacher é e será
sempre o primeiro piloto da escuderia. Nada alterará isso, nem
mesmo um sério acidente.
Uma constatação que derruba
outras falácias apregoadas por
esses dias, as de que Barrichello
está ou fora dos planos ferraristas ou de que sua situação, agora, é ainda melhor no negócio.
Na verdade, nada se alterou. A
opção sobre Irvine, que precisa
ser exercida pela Ferrari até 29
de julho, é facilmente prorrogável, pois interessa a todos.
E Barrichello, dado o exposto
acima, só tem um movimento a
fazer, se de fato quer ir para a
Ferrari: aceitar o leonino contrato. Não será dada opção.
NOTAS
Mercedes
A fábrica alemã confirmou
em Silverstone que adquiriu
40% das ações da McLaren. Ou
seja, de parceira virou proprietária da equipe capitaneada por
Ron Dennis, que divide o restante com Mansour Ojjeh. Um
movimento natural, que, para
muitos, estava arquitetado desde a volta da fábrica à F-1 e acabou precipitado pela aquisição
da Stewart pela Ford.
Efeito
Quando pneus se soltam e
freios não funcionam, diz a história da F-1, algo está acontecendo: muita gente está arriscando em nome da disputa.
Indy
O SBT comemora a elevação
de seus índices de audiência
provocada, óbvio, pelas vitórias de Gil e de Christian. O sobrinho de Emerson, aliás, ganhou de presente a vitória em
Elkhart Lake, palco de uma boa
corrida, em circuito misto e
sem bandeiras amarelas. E ainda tem gente que defende.
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