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VÔLEI
Aproveitando campanha na Liga, CBV tenta antecipar renovação de contratos
Brasil já quer capitalizar boa fase
JOSÉ ALAN DIAS
enviado especial a Mar del Plata
Antes mesmo de ter assegurado
um pódio, a CBV (Confederação
Brasileira de Vôlei) já se movimenta para capitalizar o bom desempenho que a seleção vem obtendo na Liga Mundial.
O Brasil disputaria ontem à noite contra Cuba um lugar na final
do torneio, em Mar del Plata (Argentina). Na outra semifinal, jogariam Itália e Rússia. A decisão
será hoje, às 21h (de Brasília).
Após conquistar a primeira colocação em seu grupo na fase classificatória, a seleção venceu os anfitriões (3 a 0) e, depois, os italianos (3 a 2), o que não conseguia
em partida oficial desde 94.
Nas três últimas edições da Liga
Mundial, o Brasil ficou em quinto.
Com essa campanha, a CBV
(Confederação Brasileira de Vôlei) já busca antecipar a renovação dos contratos com seus patrocinadores. O presidente da entidade, Ary da Graça Filho, se reúne
com representantes da Olympikus na terça-feira.
Com a empresa de material esportivo, a CBV fechou o primeiro
contrato em janeiro de 97. Na
mesma época, foi revisto o acordo
com o Banco do Brasil (que patrocina desde 91). Os dois contratos
vencem em dezembro de 2000.
"Com a seleção indo bem, o retorno para eles tem sido alto. Tenho que aproveitar o momento
para assegurar o futuro", afirma
Graça Filho
A Folha apurou que o acerto
com a Olympikus previu, em seu
primeiro ano, um investimento
de R$ 1 milhão (já inclusa a parte
que não é paga em espécie, mas
em material esportivo). Depois, a
CBV receberia R$ 700 mil/ano. O
contrato total do Banco do Brasil
é de R$ 5 milhões.
Graça Filho pretende também
obter uma revisão dos valores.
"Um negócio desses envolve risco
para os dois envolvidos. O patrocinador assume pagar um valor.
Se o time vai mal, ele pagou muito
para ter pouco retorno. De meu
lado, também há risco. Se o time
vai bem, é minha vez de pensar
que poderia ter ganho mais."
De acordo com a CBV, a equipe
adulta masculina custa por ano
R$ 1,08 milhão, e a feminina, R$
100 mil a menos. As maiores despesas seriam as de passagens aéreas para as competições.
Neste ano, o masculino, além da
Liga (cujas passagens são cedidas
pela Federação Internacional),
participa do Pan (pagas pelo Comitê Olímpico Brasileiro), do Sul-Americano, da Copa América e
da Copa do Mundo, que define
vagas para Sydney-2000. Para os
três últimos eventos, as passagens
são custeadas pela CBV.
O jornalista José Alan Dias viaja a convite
da Confederação Brasileira de Vôlei
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