São Paulo, Sábado, 17 de Julho de 1999
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VÔLEI
Aproveitando campanha na Liga, CBV tenta antecipar renovação de contratos
Brasil já quer capitalizar boa fase

JOSÉ ALAN DIAS
enviado especial a Mar del Plata

Antes mesmo de ter assegurado um pódio, a CBV (Confederação Brasileira de Vôlei) já se movimenta para capitalizar o bom desempenho que a seleção vem obtendo na Liga Mundial.
O Brasil disputaria ontem à noite contra Cuba um lugar na final do torneio, em Mar del Plata (Argentina). Na outra semifinal, jogariam Itália e Rússia. A decisão será hoje, às 21h (de Brasília).
Após conquistar a primeira colocação em seu grupo na fase classificatória, a seleção venceu os anfitriões (3 a 0) e, depois, os italianos (3 a 2), o que não conseguia em partida oficial desde 94.
Nas três últimas edições da Liga Mundial, o Brasil ficou em quinto.
Com essa campanha, a CBV (Confederação Brasileira de Vôlei) já busca antecipar a renovação dos contratos com seus patrocinadores. O presidente da entidade, Ary da Graça Filho, se reúne com representantes da Olympikus na terça-feira.
Com a empresa de material esportivo, a CBV fechou o primeiro contrato em janeiro de 97. Na mesma época, foi revisto o acordo com o Banco do Brasil (que patrocina desde 91). Os dois contratos vencem em dezembro de 2000.
"Com a seleção indo bem, o retorno para eles tem sido alto. Tenho que aproveitar o momento para assegurar o futuro", afirma Graça Filho
A Folha apurou que o acerto com a Olympikus previu, em seu primeiro ano, um investimento de R$ 1 milhão (já inclusa a parte que não é paga em espécie, mas em material esportivo). Depois, a CBV receberia R$ 700 mil/ano. O contrato total do Banco do Brasil é de R$ 5 milhões.
Graça Filho pretende também obter uma revisão dos valores. "Um negócio desses envolve risco para os dois envolvidos. O patrocinador assume pagar um valor. Se o time vai mal, ele pagou muito para ter pouco retorno. De meu lado, também há risco. Se o time vai bem, é minha vez de pensar que poderia ter ganho mais."
De acordo com a CBV, a equipe adulta masculina custa por ano R$ 1,08 milhão, e a feminina, R$ 100 mil a menos. As maiores despesas seriam as de passagens aéreas para as competições.
Neste ano, o masculino, além da Liga (cujas passagens são cedidas pela Federação Internacional), participa do Pan (pagas pelo Comitê Olímpico Brasileiro), do Sul-Americano, da Copa América e da Copa do Mundo, que define vagas para Sydney-2000. Para os três últimos eventos, as passagens são custeadas pela CBV.


O jornalista José Alan Dias viaja a convite da Confederação Brasileira de Vôlei

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