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São Paulo, domingo, 17 de agosto de 2003

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Canadá passa Brasil e é virtual 3º colocado

DOS ENVIADOS A SANTO DOMINGO

O sonho da terceira colocação geral praticamente acabou. Ontem, no penúltimo dia do Pan de Santo Domingo, os canadenses conquistaram três ouros a mais que os brasileiros e assumiram o posto que mantêm há 44 anos.
O Canadá tem 29 ouros, um a mais que o Brasil. O desfecho sai hoje, com o único evento do dia e o último do Pan, a prova masculina de resistência do ciclismo.
Como tem menos medalhas de pratas do que o rival da América do Norte, a delegação do COB precisa de uma inédita vitória hoje para empatar em ouros e torcer para ganhar no tapetão o revezamento 4 x 100 m do atletismo.
Como a Odepa anunciou ontem, após se reunir com Carlos Arthur Nuzman, presidente do COB, que a definição do vencedor da prova só sai em 30 setembro, o Brasil não tem como encerrar hoje em terceiro no geral, posto que mantinha desde o dia 10.
A reação dos canadenses concretizou-se nos dois últimos dias. Iniciaram anteontem seis ouros atrás do terceiro colocado e, ao obter seis ouros, ficaram a apenas duas vitórias do Brasil, que venceu só no futebol e na natação.
Ontem o cenário foi novamente favorável aos canadenses, cujos dirigentes ressaltavam que o calendário reservara para os últimos dias do Pan modalidades nas quais o país tem mais força.
Entre elas estava a canoagem, que, no entanto, foi benéfica para o Brasil, graças ao ouro no K-2 500. O Canadá teve cinco pódios em sete provas, mas não venceu.
No esqui aquático as previsões se confirmaram, o país ganhou três das seis provas do dia e empatou em terceiro em ouros. Na natação, à noite, mais uma vitória.
Encerrar um Pan atrás apenas de EUA e Cuba foi a meta anunciada pelo COB para a próxima edição do evento, no Rio-07. Para Santo Domingo, a entidade dizia querer superar 1999 em pódios e ouros, objetivos já alcançados.

Decisão no atletismo
O ouro no 4 x 100 m será definido pelo Comitê Executivo da Odepa, em reunião no Rio. Até o encontro, a medalha de ouro ficará em suspenso, sem dono.
Os EUA venceram o revezamento, à frente do Brasil, mas um de seus atletas, Mickey Grimes, foi pego no antidoping para efedrina em prova realizada três dias antes, os 100 m, que ele também ganhou.
Ontem, o presidente da Odepa, Mario Vazques Raña, após reunião com o COB sobre o assunto, afirmou que, mesmo ciente de que a decisão final cabe à sua entidade, tem de respeitar as regras e esperar uma posição oficial da Iaaf, porque pretende respeitá-la.
A Iaaf disse à Folha que, por ela, os EUA mantêm o ouro, pois Grimes já foi punido com a desclassificação na prova em que testou positivo e uma advertência, conforme previsto em suas regras.
Até lá, segundo Nuzman, o COB não computará o ouro para o Brasil. ""Em nosso quadro de medalhas, nunca colocamos o ouro como se fosse do Brasil. Tenho certeza de que ele será, mas vamos esperar a decisão final e a oficialização da Odepa." (EO, GR E JCA)


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