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Novos freios empurram Barrichello
DA REPORTAGEM LOCAL
Não foi coincidência.
Após as sete primeiras
corridas da temporada
atrás de Jenson Button,
Rubens Barrichello resolveu que era hora de parar
de insistir em algo que não
vinha funcionando.
Com estilos de pilotagem bem diferentes, era
natural que os parceiros
na Brawn se adaptassem
melhor a tipos diferentes
de discos de freio.
Button, com uma tocada
mais suave, prefere que a
freada de seu carro aconteça de maneira progressiva. Já o brasileiro, que tem
estilo mais agressivo, gosta mais de que o movimento do pedal seja brusco.
Mas o material usado no
carro de Barrichello não
satisfazia o piloto. Os
freios não aqueciam da
maneira como deveriam, o
que prejudicava a dirigibilidade do BGP 001. Também por isso, o brasileiro
não podia usar no carro as
calotas traseiras, o que, diz
ele, fazia com perdesse
cerca de um décimo por
volta em relação a Button.
"Sofri com este problema no começo do ano,
mas, desde que fizemos a
troca do material, em Silverstone, estou mais feliz",
disse Barrichello.
Esta "felicidade" converteu-se em resultados.
Desde o GP inglês, o piloto
chegou cinco vezes à frente de Button, conseguiu
duas vitórias e marcou 12
pontos a mais que ele.
O novo material faz com
que a temperatura do freio
seja alcançada rapidamente, o que permite que a técnica de Barrichello, agora,
funcione bem.
"Fizemos evoluções no
carro depois disso e as coisas só foram melhorando.
Por isso digo que minha
performance melhorou
muito depois que trocamos o freio", disse o piloto.
"É uma pena que eu tenha demorado tanto para
fazer a troca, porque isso
me prejudicava, especialmente na terceira parte da
classificação, onde eu acabava ficando atrás do Jenson", explicou Barrichello.
"Depois, na corrida já não
dava para recuperar."
Para Ross Brawn, chefe
do time, a mudança foi
responsável pela melhora
de performance do brasileiro na segunda metade
do ano. "O material que
Rubens usava no começo
do ano tinha mais potencial, mas era mais difícil de
usar", disse ele.
(TC)
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