da Reportagem Local

Apresentado com alarde em fevereiro, em um evento promovido em São Paulo, o plano da Petrobras para formação de pilotos naufragou dez meses depois.
A estatal divulgou ontem que reduzirá para US$ 5,5 milhões seu orçamento no automobilismo para o próximo ano. Em 1999, seu investimento no setor foi de aproximadamente US$ 9,5 milhões.
A empresa também anunciou que "reforçará o foco do desenvolvimento de seus produtos", encerrando, portanto, a "estratégia de escalada do piloto".
Pelo plano, a Petrobras selecionaria pilotos desde o kart, patrocinando suas carreiras passo a passo, ao longo de todas as categorias de base do automobilismo.
O objetivo era, no futuro, encaixar jovens brasileiros na F-1, de preferência na Williams, que usa gasolina produzida pela empresa.
"Isso não era adequado para a Petrobras, pois, quando os pilotos começam a despontar, são contratados por equipes que têm acordos com outros fornecedores de combustíveis", disse Cláudio Thompson, coordenador da comissão de esporte a motor da estatal. "E os pilotos às vezes reclamavam de ter que participar das categorias estipuladas por nós."

Zonta
O caso mais claro foi o de Ricardo Zonta, patrocinado pela empresa desde o início da carreira. Quando chegou à F-1, porém, precisou romper o contrato, pois sua equipe, a BAR, tem contrato com a petroleira francesa Elf.
Outro exemplo é Max Wilson. "Formado" pela Petrobrás na última temporada da F-3000, pode correr pela Minardi no ano 2000.
Dentro de sua nova estratégia, a Petrobras vai continuar fornecendo gasolina para a Williams e desenvolvendo lubrificantes para a F-3000. No Brasil, atuará como parceira técnica de outras categorias, como Stock Car, F-3 Sul-Americana e F-Chevrolet.
Segundo Thompson, todos os compromissos assumidos com pilotos neste ano serão mantidos.


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