|
Texto Anterior | Próximo Texto | Índice
FPF quer julgamento relâmpago para receber torcidas organizadas
DA REPORTAGEM LOCAL
A FPF vai pedir ao Tribunal de
Justiça do Estado de São Paulo a
instalação de juizados especiais
nos estádios de seus filiados a partir do próximo Paulista.
A idéia faz parte das medidas
para oficializar a volta das torcidas organizadas aos jogos.
O presidente da entidade, Marco Polo Del Nero, afirmou ontem
que pediu uma audiência ao tribunal para tratar do assunto.
"Estamos atrás do Rio de Janeiro, que já teve os juizados especiais neste ano. Temos que viabilizar isso logo", disse Del Nero.
No último Brasileiro, o Maracanã contou com esse sistema.
Como aconteceu no Rio, a FPF
quer que os torcedores presos por
causa de distúrbios sejam julgados imediatamente. Para Del Nero, esse procedimento coibirá a
violência e deixará mais segura a
volta das organizadas.
"Se for o caso, o torcedor só será
liberado depois de pagar fiança",
declarou o dirigente.
A meta é que os estádios do interior também possam contar
com esses juizados. "Os maiores
problemas são em clássicos, mas
todos devem estar preparados."
As uniformizadas estão proibidas de entrar nos estádios paulistas com camisas e faixas. Algumas, como a Gaviões da Fiel, a
maior do Corinthians, têm liminares para exibir suas faixas.
Elas foram banidas depois de
uma briga em 1995 entre são-paulinos e palmeirenses, no Pacaembu. A batalha provocou a morte
do torcedor Márcio Gasparin.
"Algumas torcidas já estão nos
estádios ludibriando a proibição.
Então, se elas entrarem nos estádios identificadas, ficará mais fácil controlá-las. Vamos fazer tudo
com muito cuidado, depois de
muito estudo", falou o dirigente.
Del Nero disse que a federação e
os clubes ajudariam na instalação
dos juizados. "Todos os estádios
têm uma sala para ceder ao tribunal. Podemos arrumar mesas e
cadeiras. Não é nada complicado,
por isso dá para fazer logo."
Ele espera se reunir ainda nesta
semana com representantes do
tribunal para discutir o assunto. A
assessoria de imprensa do órgão
não soube dizer ontem à Folha se
é viável a instalação dos juizados.
A liberação total das organizadas depende ainda de autorizações da Polícia Militar, do Ministério Público e da Secretaria da Segurança Pública.
(RP)
Texto Anterior: Atritos marcam história de atleta em clubes do país Próximo Texto: Checagem de famílias será no olhômetro Índice
|