São Paulo, domingo, 18 de fevereiro de 2001

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Time paulista diz que erro está na CBF

DA SUCURSAL DE BRASÍLIA

Agora envolvido no escândalo de falsificação de passaportes na Itália, o brasileiro Jeda foi um dos jogadores que deixaram o país sem que seu clube, o União São João, de Araras, recebesse, pelo menos oficialmente, um centavo de sua nova equipe, o Vicenza.
Na verdade, o passe de Jeda foi vendido por US$ 600 mil. O presidente do União São João, José Mário Pavan, diz se lembrar que houve registro do câmbio de ingresso do dinheiro. "Os valores foram declarados. Eu não sei por que não aparece (o registro). A CBF não é tão organizada."
A CBF rebateu dizendo que, conforme a lei, se limita a registrar as informações fornecidas pelos clubes e não pode ser responsabilizada por possíveis erros.
A necessidade de registro da saída de jogadores do país na CBF foi determinada pela Lei Pelé. Os clubes precisam informar o time de destino do atleta e o valor da operação financeira, quando houver.
Outro caso em que a operação registrada na CBF não bate com a realidade é o de Marcos Vicente dos Santos, o meia Marquinhos, que atuava no Avaí (SC). Segundo os registros da CBF, ele foi repassado ao Rentistas, do Uruguai, sem envolvimento de recursos e com a intermediação do empresário Juan Figer. Mas o Avaí vendeu Marquinhos por R$ 800 mil. Ele não chegou a jogar no Uruguai. Hoje, atua na Alemanha.
"Se eu falasse que o Avaí pagou tudo ou não, pagou os impostos ou não, estaria mentindo", disse João Carlos Dias, diretor de futebol do clube catarinense. (SN)


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