São Paulo, domingo, 18 de fevereiro de 2001

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Norte-coreanos "perdem" jogos, mas vão à festa

DO ENVIADO À CORÉIA DO SUL

Quando o país ainda era apenas candidato a abrigar o Mundial, Pyong-Hwoi Koo, que presidiu o Comitê de Apoio à Copa na Coréia, prometera que, se ganhassem a indicação da Fifa, os sul-coreanos convidariam a Coréia do Norte a receber alguns jogos.
Apesar da reaproximação dos dois países, o discurso hoje é um pouco diferente. A tabela já está pronta, as condições de infra-estrutura da Coréia do Norte não são das melhores, o país vive uma forte crise energética e pena com a falta de alimentos, de forma que não haveria condições de marcar um jogo sequer na região.
Mas isso não quer dizer que o mundo não verá iniciativas de aproximação entre as duas Coréias no Mundial. Verá, e muitas, asseguram os sul-coreanos.
Uma das idéias é promover a ida de torcedores norte-coreanos para acompanhar a Copa no sul -5% dos lugares no estádio, em jogos dos sul-coreanos, seriam destinados a eles.
Os dois países estão separados desde o final da Segunda Guerra. A reaproximação entre o norte (comunista) e o sul (capitalista) começou no início dos anos 90, mas tornou-se mais forte a partir de 1997.
Com a reaproximação entre as partes, que deu ao presidente Kim Dae-jung o Prêmio Nobel da Paz, o representante sul-coreano tem feito uma campanha pedindo ajuda humanitária aos norte-coreanos.
Os dois lados, que desfilaram juntos na abertura da Olimpíada-2000, discutem uma festa conjunta para comemorar a abertura do Mundial -em Seul, em 31 de maio de 2002.
Kim Jong-il, líder norte-coreano desde 1994, já foi convidado para o evento. (JCA)


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