São Paulo, domingo, 18 de fevereiro de 2001

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Sul-coreanos tentam evitar caos para visitante

DO ENVIADO À CORÉIA DO SUL

Além da construção e reformulação de dez estádios que receberão jogos no Mundial, o governo sul-coreano prepara um amplo plano de sinalização das cidades para facilitar a vida dos turistas.
O plano deverá ser colocado em prática no final de maio, começo de junho, quando Coréia do Sul e Japão abrigam a Copa das Confederações, que servirá de piloto para o Mundial do ano que vem -os sul-coreanos cederão três estádios para o evento.
O problema na Coréia é que, mesmo em coreano, a sinalização nas ruas é considerada extremamente falha. A maioria dos endereços, por exemplo, não tem registro atestando sua existência. Oficialmente, grande parte das ruas não tem nome. Se o tem, ele não está escrito em lugar nenhum -vale por "tradição".
E a questão não termina aí. As casas também não têm números visíveis. Oficialmente, sim, cada casa tem um número, mas eles não ficam visíveis e não seguem uma sequência lógica.
Cada residência recebe um número assim que é construída. Se for muito mais antiga do que a casa vizinha, pode ter o número 31 e a seguinte, mais recente, o 446.
Existe até uma piada na Coréia que diz que os entregadores de carta são os únicos no país que não correm o risco de perder os empregos. Só eles, afinal de contas, conseguem decifrar para onde entregar corretamente uma correspondência no país.
Outra curiosidade interessante sobre o país é o medo que as pessoas têm do número quatro. Para o sul-coreano, o algarismo é o 13 do brasileiro -ou, melhor ainda, do norte-americano.
Se nos EUA há vários prédios sem o andar de número 13, que daria azar, na Coréia a obsessão é com o 4. Em hospitais, por exemplo, não existe o quarto andar. Em hotéis, às vezes também não.
A má fama do número quatro veio dos chineses, que acreditam que ele dá azar. Uma das explicações na Coréia é que é pronunciado como a palavra morte (sa) em coreano -"emprestada", aliás, pelos chineses. (JCA)


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