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Sul-coreanos tentam evitar caos para visitante
DO ENVIADO À CORÉIA DO SUL
Além da construção e reformulação de dez estádios que receberão jogos no Mundial, o governo
sul-coreano prepara um amplo
plano de sinalização das cidades
para facilitar a vida dos turistas.
O plano deverá ser colocado em
prática no final de maio, começo
de junho, quando Coréia do Sul e
Japão abrigam a Copa das Confederações, que servirá de piloto para o Mundial do ano que vem
-os sul-coreanos cederão três
estádios para o evento.
O problema na Coréia é que,
mesmo em coreano, a sinalização
nas ruas é considerada extremamente falha. A maioria dos endereços, por exemplo, não tem registro atestando sua existência.
Oficialmente, grande parte das
ruas não tem nome. Se o tem, ele
não está escrito em lugar nenhum
-vale por "tradição".
E a questão não termina aí. As
casas também não têm números
visíveis. Oficialmente, sim, cada
casa tem um número, mas eles
não ficam visíveis e não seguem
uma sequência lógica.
Cada residência recebe um número assim que é construída. Se
for muito mais antiga do que a casa vizinha, pode ter o número 31 e
a seguinte, mais recente, o 446.
Existe até uma piada na Coréia
que diz que os entregadores de
carta são os únicos no país que
não correm o risco de perder os
empregos. Só eles, afinal de contas, conseguem decifrar para onde entregar corretamente uma
correspondência no país.
Outra curiosidade interessante
sobre o país é o medo que as pessoas têm do número quatro. Para
o sul-coreano, o algarismo é o 13
do brasileiro -ou, melhor ainda,
do norte-americano.
Se nos EUA há vários prédios
sem o andar de número 13, que
daria azar, na Coréia a obsessão é
com o 4. Em hospitais, por exemplo, não existe o quarto andar. Em
hotéis, às vezes também não.
A má fama do número quatro
veio dos chineses, que acreditam
que ele dá azar. Uma das explicações na Coréia é que é pronunciado como a palavra morte (sa) em
coreano -"emprestada", aliás,
pelos chineses.
(JCA)
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