São Paulo, sexta-feira, 18 de fevereiro de 2005

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FUTEBOL

Em jogo que teve falta de luz, time treinado por Wilson Coimbra cai diante do Mogi e segue a dez pontos do São Paulo

Com interino, Palmeiras apaga e perde

MÁRVIO DOS ANJOS
DA REPORTAGEM LOCAL

No primeiro jogo sem um técnico efetivo no Paulista, o Palmeiras foi vítima de um apagão diante do Mogi Mirim. A dez pontos do líder São Paulo, a situação da equipe virou um breu faltando ainda 12 partidas para o fim do torneio.
Com Alceu no lugar de Magrão, machucado, o Palmeiras era melhor até que, aos 10min, três refletores do Parque Antarctica se apagaram na torre do gol das piscinas, que era defendido por Sérgio. Nesse momento, o Mogi Mirim tinha uma cobrança de falta do lado esquerdo do seu ataque. Diante das reclamações do goleiro e capitão palmeirense, o árbitro Romildo Correia optou por interromper a partida por meia hora, à espera de uma solução.
A torre inteira foi desligada e reativada aos poucos. Ainda faltava acender três refletores quando árbitro e equipes concordaram em reiniciar o jogo.
No retorno, após 37 minutos de interrupção, a cobrança de falta encontrou a cabeçada certeira de Mendes diante de um Sérgio batido, o que deixou o Mogi à frente. Um castigo para o clube, cuja iluminação precária é corriqueira.
A resposta do time de Wilson Coimbra foi uma pressão um tanto desordenada, calcada nos lampejos do meia Cristian e nas subidas ao ataque do lateral Lúcio. Pela esquerda, o time concentrava suas melhores ações. A mais bem trabalhada delas foi de Ricardinho, que invadiu a área e passou para Bruno, que chutou de primeira, em cima de João Gabriel.
A tônica do jogo foi o Palmeiras tomando iniciativas sem eficiência, enquanto o Mogi, mais organizado, achava o 1 a 0 ótimo.
O Palmeiras persistia. Aos 37min, Osmar desceu pela direita e levantou a bola na cabeça de Ricardinho, que desperdiçou. Depois, pela esquerda, Cristian cruzou da linha de fundo para Osmar, que cabeceou por cima, no último lance do primeiro tempo.
Na etapa final, Coimbra trocou o zagueiro Gabriel por Adriano Chuva, e logo aos 5min do primeiro tempo o Palmeiras já perdia três chances claras de gol.
Na melhor delas, em que João Gabriel rebateu para a frente um cruzamento vindo da esquerda, Osmar chutou com o gol aberto, e um providencial Marcelo Miguel tirou a bola embaixo do travessão.
Nervoso, o time partia para o ataque, e teve grande chance na metade do segundo tempo, quando Adriano Chuva fez boa jogada próximo à grande área e bateu para João Gabriel espalmar.
Aos 26min, Coimbra viveu momento similar aos últimos do demitido Estevam. Quando a placa anunciou que Osmar ia sair para entrar Marcel, um uníssono coro de "burro" tomou o Parque.
O golpe duro foi quando Daniel derrubou Anderson na área. Fábio Costa cobrou o pênalti com categoria, à esquerda de Sérgio, dando início à procissão verde rumo à saída. Era o 2 a 0, aos 29min.
Quem saiu não viu o desconto palmeirense, em outro pênalti, dessa vez de Anderson em Claudecir, que Ricardinho bateu e João Gabriel quase pegou.
No fim, Coimbra voltou a cair nas graças da torcida, quando sacou Claudecir, vaiado, e lançou Thiago Gentil. Mas era tarde. Em oitavo no Paulista, o Palmeiras enfrenta o São Paulo, no domingo, no Morumbi, à espera de mais luz. O Mogi, com 18 pontos, é vice-líder e pega o Guarani em casa.


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