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FUTEBOL
Em jogo que teve falta de luz, time treinado por Wilson Coimbra cai diante do Mogi e segue a dez pontos do São Paulo
Com interino, Palmeiras apaga e perde
MÁRVIO DOS ANJOS
DA REPORTAGEM LOCAL
No primeiro jogo sem um técnico efetivo no Paulista, o Palmeiras
foi vítima de um apagão diante do
Mogi Mirim. A dez pontos do líder São Paulo, a situação da equipe virou um breu faltando ainda
12 partidas para o fim do torneio.
Com Alceu no lugar de Magrão,
machucado, o Palmeiras era melhor até que, aos 10min, três refletores do Parque Antarctica se apagaram na torre do gol das piscinas, que era defendido por Sérgio.
Nesse momento, o Mogi Mirim tinha uma cobrança de falta do lado esquerdo do seu ataque. Diante das reclamações do goleiro e capitão palmeirense, o árbitro Romildo Correia optou por interromper a partida por meia hora, à
espera de uma solução.
A torre inteira foi desligada e
reativada aos poucos. Ainda faltava acender três refletores quando
árbitro e equipes concordaram
em reiniciar o jogo.
No retorno, após 37 minutos de
interrupção, a cobrança de falta
encontrou a cabeçada certeira de
Mendes diante de um Sérgio batido, o que deixou o Mogi à frente.
Um castigo para o clube, cuja iluminação precária é corriqueira.
A resposta do time de Wilson
Coimbra foi uma pressão um tanto desordenada, calcada nos lampejos do meia Cristian e nas subidas ao ataque do lateral Lúcio. Pela esquerda, o time concentrava
suas melhores ações. A mais bem
trabalhada delas foi de Ricardinho, que invadiu a área e passou
para Bruno, que chutou de primeira, em cima de João Gabriel.
A tônica do jogo foi o Palmeiras
tomando iniciativas sem eficiência, enquanto o Mogi, mais organizado, achava o 1 a 0 ótimo.
O Palmeiras persistia. Aos
37min, Osmar desceu pela direita
e levantou a bola na cabeça de Ricardinho, que desperdiçou. Depois, pela esquerda, Cristian cruzou da linha de fundo para Osmar, que cabeceou por cima, no
último lance do primeiro tempo.
Na etapa final, Coimbra trocou
o zagueiro Gabriel por Adriano
Chuva, e logo aos 5min do primeiro tempo o Palmeiras já perdia três chances claras de gol.
Na melhor delas, em que João
Gabriel rebateu para a frente um
cruzamento vindo da esquerda,
Osmar chutou com o gol aberto, e
um providencial Marcelo Miguel
tirou a bola embaixo do travessão.
Nervoso, o time partia para o
ataque, e teve grande chance na
metade do segundo tempo, quando Adriano Chuva fez boa jogada
próximo à grande área e bateu para João Gabriel espalmar.
Aos 26min, Coimbra viveu momento similar aos últimos do demitido Estevam. Quando a placa
anunciou que Osmar ia sair para
entrar Marcel, um uníssono coro
de "burro" tomou o Parque.
O golpe duro foi quando Daniel
derrubou Anderson na área. Fábio Costa cobrou o pênalti com
categoria, à esquerda de Sérgio,
dando início à procissão verde rumo à saída. Era o 2 a 0, aos 29min.
Quem saiu não viu o desconto
palmeirense, em outro pênalti,
dessa vez de Anderson em Claudecir, que Ricardinho bateu e
João Gabriel quase pegou.
No fim, Coimbra voltou a cair
nas graças da torcida, quando sacou Claudecir, vaiado, e lançou
Thiago Gentil. Mas era tarde. Em
oitavo no Paulista, o Palmeiras
enfrenta o São Paulo, no domingo, no Morumbi, à espera de mais
luz. O Mogi, com 18 pontos, é vice-líder e pega o Guarani em casa.
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