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Motores dão mais resultado nos times B do que nos A
DA REPORTAGEM LOCAL
A opção A foi um fracasso. Já
a B, um sucesso. É assim a vida
de duas das principais fabricantes de motores da F-1 em 2009.
Com seu time próprio, caso
da Renault, ou com a principal
parceira, situação da Mercedes
com a McLaren, os gigantes da
indústria automobilística têm
resultados decepcionantes, como no treino de ontem, quando
a melhor posição dos quatro pilotos dessas equipes foi o décimo lugar de Fernando Alonso.
A Renault amarga apenas a
sétima colocação no Mundial
de Construtores, com 26 pontos. Só que os motores franceses também equipam a Red
Bull, segunda melhor equipe do
ano, com 120,5 pontos.
Conta parecida acontece
com a Mercedes. Com a McLaren, que utiliza seus motores há
anos, a montadora alemã está
em quarto lugar, com 65 pontos. Porém seus propulsores
equipam a Brawn GP, que precisa de meio ponto para conquistar o título por equipes e
conquistou a pole ontem, com
Rubens Barrichello.
A Mercedes ainda empurra
os carros da Force India, que,
depois de um péssimo início,
surpreendeu nas últimas etapas, o que voltou a acontecer
em Interlagos, quando Adrian
Sutil fez o terceiro tempo.
"Tendo um motor confiável,
temos tempo para desenvolver
outros pontos", afirmou Vijay
Mallya, dono da Force India.
Os resultados desta temporada podem até fazer a Mercedes
mudar seus planos para o futuro. A empresa deve estreitar
seu relacionamento com a
Brawn. O discurso é que isso
não vai atrapalhar os negócios
com a McLaren. Mas o contrato
entre elas acaba em 2010.
"Acho importante ter um
fornecedor de motor confiável
e por um bom custo", disse
Norbert Haug, diretor da montadora alemã, ao defender a extensão da parceria com a
Brawn por três anos.
Já o fornecimento de motores da Renault para a Red Bull,
que ontem conseguiu a segunda posição com Mark Webber,
em 2010 não deve continuar.
O futuro da montadora após
o escândalo de Cingapura-2008 é incerto. A equipe já negocia outras opções. A primeira
delas é recorrer a Mercedes.
Existe ainda a alternativa de
uma parceria com a Cosworth.
A Ferrari também fornece
seus motores para outra escuderia. Mas, no seu caso, tanto o
plano A como o B não deram
bons resultados em 2009.
Com sua equipe, os italianos
somam 67 pontos. Pior acontece com a Toro Rosso, a lanterna
entre os construtores.
(PC)
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