São Paulo, domingo, 18 de outubro de 2009

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Motores dão mais resultado nos times B do que nos A

DA REPORTAGEM LOCAL

A opção A foi um fracasso. Já a B, um sucesso. É assim a vida de duas das principais fabricantes de motores da F-1 em 2009.
Com seu time próprio, caso da Renault, ou com a principal parceira, situação da Mercedes com a McLaren, os gigantes da indústria automobilística têm resultados decepcionantes, como no treino de ontem, quando a melhor posição dos quatro pilotos dessas equipes foi o décimo lugar de Fernando Alonso.
A Renault amarga apenas a sétima colocação no Mundial de Construtores, com 26 pontos. Só que os motores franceses também equipam a Red Bull, segunda melhor equipe do ano, com 120,5 pontos.
Conta parecida acontece com a Mercedes. Com a McLaren, que utiliza seus motores há anos, a montadora alemã está em quarto lugar, com 65 pontos. Porém seus propulsores equipam a Brawn GP, que precisa de meio ponto para conquistar o título por equipes e conquistou a pole ontem, com Rubens Barrichello.
A Mercedes ainda empurra os carros da Force India, que, depois de um péssimo início, surpreendeu nas últimas etapas, o que voltou a acontecer em Interlagos, quando Adrian Sutil fez o terceiro tempo.
"Tendo um motor confiável, temos tempo para desenvolver outros pontos", afirmou Vijay Mallya, dono da Force India.
Os resultados desta temporada podem até fazer a Mercedes mudar seus planos para o futuro. A empresa deve estreitar seu relacionamento com a Brawn. O discurso é que isso não vai atrapalhar os negócios com a McLaren. Mas o contrato entre elas acaba em 2010.
"Acho importante ter um fornecedor de motor confiável e por um bom custo", disse Norbert Haug, diretor da montadora alemã, ao defender a extensão da parceria com a Brawn por três anos.
Já o fornecimento de motores da Renault para a Red Bull, que ontem conseguiu a segunda posição com Mark Webber, em 2010 não deve continuar.
O futuro da montadora após o escândalo de Cingapura-2008 é incerto. A equipe já negocia outras opções. A primeira delas é recorrer a Mercedes. Existe ainda a alternativa de uma parceria com a Cosworth.
A Ferrari também fornece seus motores para outra escuderia. Mas, no seu caso, tanto o plano A como o B não deram bons resultados em 2009.
Com sua equipe, os italianos somam 67 pontos. Pior acontece com a Toro Rosso, a lanterna entre os construtores. (PC)

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