São Paulo, terça-feira, 19 de abril de 2011

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Ponte Preta se classifica para as quartas de final do Paulista invicta ante os grandes, e treinador, que recusou o Fluminense, prega "espírito de decisão"

LEONARDO LOURENÇO
DE SÃO PAULO

Na análise fria dos números, caberá ao Santos decidir um lugar entre os quatro semifinalistas do Paulista contra o adversário mais difícil.
A Ponte Preta, rival do time de Muricy Ramalho nas quartas, tem a segunda melhor campanha como visitante neste Estadual e um retrospecto invejável nos duelos contra os grandes clubes.
A equipe campineira, que terminou o turno em quinto lugar, conquistou 66% de seus 32 pontos atuando longe do Moisés Lucarelli.
Foram seis vitórias e três derrotas em nove confrontos, aproveitamento idêntico ao do São Paulo e abaixo só do rendimento do Palmeiras, que garantiu 21 pontos em dez partidas como visitante.
O Santos, que receberá a Ponte na Vila Belmiro, sábado, às 16h, amealhou apenas 55% dos pontos fora de casa.
"É fato. Nosso futebol encaixou muito melhor longe de Campinas", disse o técnico ponte-pretano, Gilson Kleina. "Em casa, pegamos equipes muito fechadas, que abdicavam do jogo. E fora, com espaço e velocidade, a gente se saiu muito melhor."
Não bastasse isso, a equipe dirigida por Kleina ostenta o melhor aproveitamento contra os grandes entre os times que avançaram para a segunda fase do Paulista.
Só o Santos conseguiu tirar pontos da Ponte Preta, em um empate em 2 a 2 em Campinas. Corinthians, São Paulo e Palmeiras foram derrotados pelo time, os dois primeiros em suas próprias casas.
"Ganhar de um grande melhora a confiança e a autoestima", declarou Kleina.
"Esperamos manter a escrita. Temos que atacar o Santos, que tem um elenco qualificado. Além disso, o Muricy já conseguiu dar uma organizada na equipe", afirmou o treinador da Ponte.
Curiosamente, Kleina foi convidado para assumir o Fluminense quando o atual técnico do Santos se demitiu do clube carioca, em março. O acordo com Kleina foi dado como certo pelos cartolas do clube do Rio. Mas o técnico recusou a oferta do campeão do Brasileiro-2010 para um contrato de três meses.
"Fico lisonjeado de ser lembrado pelo campeão brasileiro, mas a diretoria [da Ponte] me respaldou, e a classificação foi o prêmio", declarou o treinador.
"Quando chegar a um grande, quero ficar. Não bater e voltar. Preciso de um alicerce para chegar lá, e a Ponte Preta me dá essa base."
A atitude repercutiu de forma positiva e, na visão do treinador, colaborou para a boa campanha do clube do interior neste Estadual.
"Quando decidi ficar, muitos jogadores vieram falar comigo. Temos um grupo muito unido, e todos ficaram satisfeitos", lembrou Kleina.
"A Ponte Preta é um adversário forte, de tradição. Vai ser complicado", afirmou Muricy Ramalho após a vitória por 3 a 0 sobre o Paulista, no domingo, pela última rodada da fase de classificação.
"O Santos tem atletas tarimbados e controla o jogo. Mas encarnamos o espírito de decisão", concluiu Kleina.


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