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Guerra fez clube mudar o nome
DA REPORTAGEM LOCAL
O momento de maior tensão
entre a sociedade paulistana e o
Palestra Itália ocorre em 1942, último período analisado na obra
de Campos Araújo, quando a associação foi obrigada a trocar de
nome, passando a se chamar Sociedade Esportiva Palmeiras.
Se em 1920 o time teve seus jogadores chamados pejorativamente, inclusive em reportagens, de ""elementos" e ""italianinhos", durante a 2ª Guerra Mundial a pressão foi ainda maior.
No processo, clubes como o
São Paulo e o Paulistano foram
os que mais fizeram campanha
para que o Palestra adotasse outra denominação, que não fizesse referência à Itália.
Além da pressão contra o Palestra, o São Paulo ""fez a lição de
casa", chegando até mesmo a
""processar a interrupção de direitos e obrigações de sócios de
origem italiana e alemã", assim
que o Brasil decidiu entrar na luta contra os países do Eixo, entre
os quais a Itália.
Em setembro de 1942, uma deliberação do CND (Conselho
Nacional de Desportos) acabaria
forçando o time a mudar o uniforme e adotar novo nome.
Antes da mudança, o Palestra
fez várias tentativas para apaziguar os ânimos dos paulistanos,
entre as quais a doação de rendas
de jogos para familiares de brasileiros em navios torpedeados
por submarinos do Eixo.
Mas apenas depois da alteração viria a aceitação da sociedade, com o time atraindo, inclusive, muitos torcedores de outras
etnias.
(JCA)
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