São Paulo, quarta-feira, 19 de junho de 2002

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JOSÉ GERALDO COUTO

Não custa nada sonhar com Brasil x Senegal

Se passarmos pela Inglaterra, pegaremos na semifinal Senegal ou Turquia, duas seleções que ninguém esperava (nem elas) ver chegar tão longe.
Pensando de maneira exclusivamente pragmática e fazendo de conta que podemos escolher, talvez o melhor seja enfrentar a Turquia, uma equipe cujos perigos e fraquezas já conhecemos -e que já vencemos uma vez nesta mesma Copa.
Seria, de certo modo, uma repetição do que aconteceu em 94, nos Estados Unidos, quando enfrentamos a Suécia na primeira fase e na semifinal.
Mas, para o bem do futebol, do espetáculo da mídia e do meu gosto pessoal, torço por uma semifinal Brasil x Senegal.
Teria tudo para ser o jogo mais bonito da Copa. Um duelo de talentos: Diouf x Ronaldinho, Rivaldo x Fadiga, Camara x Ronaldo. Talvez Denílson -no banco ou dentro de campo- aprendesse com os senegaleses a colocar sua enorme habilidade a serviço da equipe brasileira e da vitória.
Diante de um tal confronto, é possível que nós, comentaristas, deixássemos de lado as ranzinzas considerações táticas para celebrar o futebol em estado puro, com sua poesia, suas surpresas, seu drama e sua festa.
Por um momento talvez até nos lembrássemos por que é que um dia chegamos a nos viciar nesse esporte que já nos fez sofrer, fazer viagens absurdas, faltar no trabalho, perder namoradas, amigos e muitas, muitas horas de sono.

jgcouto@uol.com.br



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