São Paulo, domingo, 19 de junho de 2005

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Peças sensuais geram polêmica também no vôlei

DA REPORTAGEM LOCAL

O uso de uniformes mais justos já foi uma solução apontada para atrair mais público em outras modalidades do feminino.
No final do anos 80, durante uma fase ruim, até Hortência, maior estrela do basquete nacional, chegou a sugerir shorts mais curtos para as atletas como forma de lotar os ginásios.
Mas a maior polêmica aconteceu em outro esporte de quadra. Em 1998, a Federação Internacional de Vôlei determinou que as seleções usassem uniformes mais aderentes e com comprimento não superior a 5 cm abaixo da virilha.
A Olympikus, fornecedora da Confederação Brasileira de Vôlei, produziu então o uniforme conhecido como "macaquinho" (de uma peça). O material foi logo rejeitado pelas atletas.
"Com essa roupinha que eles bolaram, só vai faltar entrar em quadra de botinha e chapéu de caubói", ironizou Leila. Revoltadas, as jogadoras se recusaram a vestir a roupa, apelidada de "É o Tchan", em alusão às dançarinas do grupo baiano.
A controvérsia se estendeu por vários meses. Em novembro, durante o Mundial do Japão, a FIVB anunciou que multaria o Brasil em US$ 3.000 por utilizar uniforme largo demais.
Bulgária, Croácia, Itália e Rússia, na mesma situação, também foram punidas.
Porém, as reclamações foram tantas que a federação acabou abandonando a obrigatoriedade dos uniformes curtos.


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