São Paulo, domingo, 19 de dezembro de 2004

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FUTEBOL

Com 21 gols, igual a Deivid, jogador tenta retomar sua média e superar marca de Serginho Chulapa no Brasileiro

No retorno, Robinho já persegue recorde

DOS ENVIADOS A SÃO JOSÉ DO RIO PRETO

Em seu retorno, Robinho já pode buscar um recorde. O artilheiro do Santos, emparelhado em 21 gols com Deivid, pode se tornar o maior goleador da história do clube em uma edição do Brasileiro.
Se cada um deles marcar duas vezes, será superada a campanha de Serginho Chulapa, atual auxiliar técnico de Vanderlei Luxemburgo, que anotou 22 gols no campeonato de 1983.
"Se um dos dois quebrar meu recorde, e o Santos for campeão brasileiro, quero mais é que quebre. Vou é ficar muito feliz", disse um sincero Chulapa.
Só que, se mantivesse a média que registrava até sua mãe ser seqüestrada -um gol a cada 147 minutos-, Robinho já teria pulverizado o recorde há três jogos.
Ele marcou seu último gol aos 10min do segundo tempo contra o Fluminense e foi substituído aos 31min. Considerando sua média e se não saísse substituído, chegaria ao 22º gol aos 36min do primeiro tempo contra o Goiás (que o Santos venceu por 2 a 1). A derrubada da marca viria aos 3min do primeiro tempo contra o Paysandu (empate em 1 a 1).
Mas a lógica faz falta ao futebol, assim como Robinho ao Santos. Com seu mais valioso jogador, o time do litoral ganha em técnica, imprevisibilidade e agressividade. E a torcida, em empolgação.
Órfãos de Renato e Diego, que se transferiram neste ano para Sevilla e Porto, respectivamente, os santistas receberam o maior destaque da geração campeã de 2002 como um último ídolo no treino de anteontem. Seu gol no coletivo, após jogada individual, levou à loucura as centenas de torcedores presentes no Teixeirão.
"A torcida daqui [de São José do Rio Preto] é muito carinhosa", diz Robinho, que voltou à rotina dos autógrafos já no mesmo dia, para alegria dos pequenos santistas da região norte de São Paulo.
Com um sorriso devolvido ao rosto, o jogador é uma garantia de futebol mais espetacular. A média de dribles do Santos foi a que mais caiu desde a última vez em que entrou em campo, nos 5 a 0 contra o Fluminense, em 30 de outubro. De 13,8 dribles por jogo, o índice passou para 10,8.
Fora de ritmo de jogo, o jogador sabe que não deverá repetir contra o Vasco a atuação contra o Fluminense, quando marcou. Tanto Luxemburgo quanto o preparador físico Antônio Mello reconhecem que manter Robinho nos 90 minutos será difícil.
"Principalmente com esse calor seco, que chega a ser incômodo. Mas não podemos ignorar a motivação dele", afirma Mello. (FÁBIO VICTOR E MÁRVIO DOS ANJOS)


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