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FUTEBOL
Com 21 gols, igual a Deivid, jogador tenta retomar sua média e superar marca de Serginho Chulapa no Brasileiro
No retorno, Robinho já persegue recorde
DOS ENVIADOS A SÃO JOSÉ DO RIO PRETO
Em seu retorno, Robinho já pode buscar um recorde. O artilheiro do Santos, emparelhado em 21
gols com Deivid, pode se tornar o
maior goleador da história do clube em uma edição do Brasileiro.
Se cada um deles marcar duas
vezes, será superada a campanha
de Serginho Chulapa, atual auxiliar técnico de Vanderlei Luxemburgo, que anotou 22 gols no
campeonato de 1983.
"Se um dos dois quebrar meu
recorde, e o Santos for campeão
brasileiro, quero mais é que quebre. Vou é ficar muito feliz", disse
um sincero Chulapa.
Só que, se mantivesse a média
que registrava até sua mãe ser seqüestrada -um gol a cada 147
minutos-, Robinho já teria pulverizado o recorde há três jogos.
Ele marcou seu último gol aos
10min do segundo tempo contra
o Fluminense e foi substituído aos
31min. Considerando sua média e
se não saísse substituído, chegaria
ao 22º gol aos 36min do primeiro
tempo contra o Goiás (que o Santos venceu por 2 a 1). A derrubada
da marca viria aos 3min do primeiro tempo contra o Paysandu
(empate em 1 a 1).
Mas a lógica faz falta ao futebol,
assim como Robinho ao Santos.
Com seu mais valioso jogador, o
time do litoral ganha em técnica,
imprevisibilidade e agressividade.
E a torcida, em empolgação.
Órfãos de Renato e Diego, que
se transferiram neste ano para Sevilla e Porto, respectivamente, os
santistas receberam o maior destaque da geração campeã de 2002
como um último ídolo no treino
de anteontem. Seu gol no coletivo,
após jogada individual, levou à
loucura as centenas de torcedores
presentes no Teixeirão.
"A torcida daqui [de São José do
Rio Preto] é muito carinhosa", diz
Robinho, que voltou à rotina dos
autógrafos já no mesmo dia, para
alegria dos pequenos santistas da
região norte de São Paulo.
Com um sorriso devolvido ao
rosto, o jogador é uma garantia de
futebol mais espetacular. A média
de dribles do Santos foi a que mais
caiu desde a última vez em que
entrou em campo, nos 5 a 0 contra o Fluminense, em 30 de outubro. De 13,8 dribles por jogo, o índice passou para 10,8.
Fora de ritmo de jogo, o jogador
sabe que não deverá repetir contra o Vasco a atuação contra o
Fluminense, quando marcou.
Tanto Luxemburgo quanto o preparador físico Antônio Mello reconhecem que manter Robinho
nos 90 minutos será difícil.
"Principalmente com esse calor
seco, que chega a ser incômodo.
Mas não podemos ignorar a motivação dele", afirma Mello.
(FÁBIO VICTOR E MÁRVIO DOS ANJOS)
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