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Gêmeos jogam para ajudar EUA a evitar vexame
DA REPORTAGEM LOCAL
Maiores campeões da história da Copa Davis, com 31 títulos em 102 edições, os EUA renovam hoje uma aposta que fizeram há exatos cem anos para
evitar um vexame histórico.
Bob e Mike Bryan entram em
quadra no National Tennis
Centre de Bratislava (Eslováquia) para enfrentar a dupla
Karol Beck e Michal Martinek.
Antes deles, os americanos
registram só dois irmãos, Robert e George Wrenn, em 1903,
que tenham defendido o time
no mesmo confronto.
A dupla tem uma grande responsabilidade nas mãos. Ontem, no primeiro dia de disputas, o tenista queridinho do
país, Andy Roddick, campeão
do Aberto dos EUA no mês
passado, sucumbiu e deixou a
equipe em maus lençóis.
Após mais de duas horas de
confronto, Dominik Hrbaty
acabou com a série de 19 partidas invictas do americano, cravou 3 sets a 1 e deixou a Eslováquia em vantagem.
Horas depois, Mardy Fish devolveu o placar em Karol Kucera e aliviou um pouco a tensão.
Caso sejam eliminados na repescagem, será a segunda vez
em toda a história da Davis que
os EUA perdem o lugar na elite
-a primeira ocorreu em 1988.
O alento para a equipe chefiada por Patrick McEnroe está na
atual fase dos irmãos Bryan.
Especialistas em duplas, os gêmeos univitelinos de 25 anos
coroam com a estréia na Davis
uma temporada espetacular.
Em junho, conquistaram seu
primeiro título de Grand Slam,
no saibro do Aberto da França.
Com a vitória na final sobre
os campeões de 2002, o holandês Paul Haarhuis e o russo
Ievguêni Kafelnikov, os Bryan
tornaram-se os irmãos mais
bem-sucedidos nas duplas na
Era Aberta (a partir de 1968).
Com 11 títulos, eles superaram a marca dos também americanos e também gêmeos Tim
e Tom Gullikson, que acumularam dez. Após o triunfo em
Paris, os americanos de Camarillo (Califórnia) já conquistaram mais dois títulos, demonstrando versatilidade: foram
campeões na grama de Nottingham e na quadra dura do
Masters Series de Cincinnati.
Os EUA venceram por 5 a 0 o
último duelo com a Eslováquia
pela Davis, disputado em 2002.
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