|
Texto Anterior | Próximo Texto | Índice
FUTEBOL
Santos envia 3.000 bilhetes e frustra diretoria do adversário, que queria 6.000 e promete vingança no jogo de volta
São Paulo perde a disputa por ingressos
FAUSTO SIQUEIRA
DA AGÊNCIA FOLHA, EM SANTOS
RICARDO PERRONE
DA REPORTAGEM LOCAL
A diretoria são-paulina vai receber apenas a metade dos 6.000
ingressos que pretendia vender
para os seus torcedores no primeiro jogo contra o Santos, pelas
quartas-de-final do Brasileiro-2002, domingo, na Vila Belmiro.
O presidente do Santos, Marcelo Teixeira, só concordou em enviar ao rival 3.000 bilhetes. A venda vai acontecer entre amanhã e
sábado, com preços reajustados.
A arquibancada, setor mais barato, passou de R$ 10 para R$ 15.
Apesar de frustrar as pretensões
do rival, o dirigente santista vai
enviar mais ingressos do que o
mínimo previsto pelo regulamento. Ele é obrigado a reservar para o
adversário pelo menos 10% do total de entradas à venda.
De acordo com esse critério, o
São Paulo teria direito a cerca de
2.000 bilhetes, já que devem ser
vendidos 20.150 entradas, carga
liberada pela Polícia Militar.
O clube do Morumbi vai receber 14,8% dos ingressos. "Pelo
que diz o regulamento, o Santos
está sendo até generoso, mas essa
quantidade é pequena para um
jogo desse porte e para o tamanho
da nossa torcida", declarou Carlos Augusto de Barros e Silva, diretor de futebol do São Paulo.
Irritados, os dirigentes são-paulinos prometem reservar a mesma porcentagem de bilhetes cedida a eles agora para o Santos no
segundo jogo, quinta-feira da semana que vem, no Morumbi.
A intenção dos são-paulinos é
vender 70 mil bilhetes -só 10.500
seriam enviados ao Santos.
"Eles queriam mais, mas não
vão ter", disse Barros e Silva.
O presidente do Santos afirmou
que o adversário poderá engrossar a sua torcida com ingressos de
outros setores -só haverá divisão na arquibancada. Nas cadeiras, os torcedores dos dois times
poderão ficar juntos, o que aumenta o risco de confrontos.
A segurança da torcida e dos jogadores de seu clube também é
uma preocupação do presidente
são-paulino, Marcelo Portugal
Gouvêa. Segundo o dirigente, um
número maior de seguranças do
que o usado normalmente deverá
acompanhar o seu time domingo.
Embora o total de ingressos à
venda para a primeira partida seja
pouco superior a 20 mil, o Santos
requisitou 25.120 bilhetes à CBF.
O pedido é um artifício para justificar a utilização da Vila Belmiro
em um dos jogos da final, caso o
Santos chegue à decisão, já que,
nesse caso, tem de ser usado um
estádio com capacidade para pelo
menos 25 mil pessoas.
Como a sua diretoria, o técnico
Oswaldo de Oliveira também não
queria jogar no estádio santista.
Parte dos jogadores são-paulinos teme enfrentar um clima hostil. Luis Fabiano, que fez uma banana para a torcida rival na vitória
do São Paulo por 3 a 2, na primeira fase, acredita que será alvo de
chinelos atirados por torcedores
santistas na Vila Belmiro.
Outro que deve ser marcado pela torcida do Santos é Fábio Simplício, que brigou com o meia-atacante Diego depois que ele comemorou seu gol pisando no escudo são-paulino, que fica ao lado
do gramado do Morumbi, no último confronto entre os clubes.
Texto Anterior: Futebol - Tostão: Os números ajudam e enganam Próximo Texto: Oliveira ameaça barrar visita de vips à equipe Índice
|