São Paulo, segunda-feira, 21 de fevereiro de 2011

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Prancheta do PVC

PAULO VINICIUS COELHO pvc@uol.com.br

Sombras de Ronaldinho

NA SEMIFINAL da Taça Guanabara contra o Botafogo, Ronaldinho teve um único momento de inspiração. Aos 21min do segundo tempo, deixou a bola cair atrás de Somália, dominou, girou o corpo e quase fez um golaço. Fora isso, foi apagado, jogando por dentro, numa linha de três armadores, por trás do atacante Deivid.
No primeiro turno do Estadual, o Flamengo de Vanderlei Luxemburgo teve um mérito: a defesa. Até agora, ele não conseguiu explorar as qualidades de Thiago Neves, Ronaldinho e Renato, no 4-2-3-1 que faz Deivid reclamar por jogar de costas, como atacante solitário.
O erro não está no sistema de Luxemburgo, mas no futebol das três estrelas cadentes, Thiago Neves, Ronaldinho e Deivid. Prova disso é que o Flamengo melhora com Negueba.
Foi o que aconteceu ontem. Negueba entrou pela direita, deslocou Thiago Neves para a posição de Ronaldinho e este para a função de Deivid -o mais avançado dos atacantes.
Negueba criou três chances em seus primeiros minutos e, com ele em campo, Ronaldinho apareceu um pouco mais do que antes. Ainda assim, bem pouco.
Verdade que sua presença atrai marcadores e que Joel Santana trocou o zagueiro João Filipe pelo volante Rodrigo Mancha só para perseguir mais de perto o ex-melhor do mundo.
O Botafogo preocupou-se demais em marcar ontem. Até quando substituiu o lateral Márcio Azevedo pelo meia Éverton. "Quero mais um jogador para levar a bola ao ataque", disse Joel.
Queria mesmo que Renato Cajá colasse em Fernando, volante que jogava com espaço no primeiro tempo. Na semifinal de ontem, o Flamengo foi ligeiramente melhor. Mas Luxemburgo ainda não acertou o time que tem na mão. E muito menos Ronaldinho.

CORINTHIANS MELHOR
O primeiro sintoma após as saídas de Ronaldo e Roberto Carlos, a barração de Bruno César e a iminente saída de Jucilei é que o Corinthians evoluiu. Fez bom primeiro tempo contra o Santos, marcando no campo de ataque. Mas deixou espaços aos contra-ataques. Ainda assim, é de se notar os bons momentos e lembrar que Liedson pode ajudar muito num Paulista que conta mesmo em abril, mês de início do mata-mata.


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